Grupo de trabalho criado para repensar estratégia da Rede de Museus

Um grupo de trabalho composto por seis pessoas da área da cultura foi constituído pela Direção-Geral do Património Cultural para apresentar uma proposta de nova estratégia da Rede Portuguesa de Museus (RPM), indica hoje o Diário da República.

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Lusa
26/12/2022 15:03 ‧ 26/12/2022 por Lusa

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O despacho refere que a equipa terá um prazo de 90 dias para apresentar as conclusões do trabalho a realizar sobre a RPM, estrutura criada há 22 anos para a mediação, qualificação e cooperação entre museus, reunindo atualmente 165 membros.

Fazem parte do grupo de trabalho, como coordenadoras, Rita Jerónimo e Fátima Roque, respetivamente subdiretora-geral da Direção-Geral do Património Cultural (DGPC) e diretora do Departamento de Museus, Monumentos e Palácios deste organismo, e Isabel Pinto, técnica especialista do gabinete da secretária de Estado da Cultura, Isabel Cordeiro, que assina o despacho a entrar em vigor a 01 de janeiro de 2023.

Manuel Pizarro, diretor executivo da Associação Hagadá-tikvá do Museu Judaico Lisboa, Álvaro Moreira, diretor do Departamento de Cultura e Desenvolvimento Económico da Câmara Municipal de Santo Tirso, no distrito do Porto, e Dália Paulo, diretora municipal da Câmara Municipal de Loulé, no distrito de Faro, integram ainda a equipa.

Segundo a tutela, o objetivo da criação deste grupo é "repensar o posicionamento estratégico da RPM no contexto atual da Política Museológica Nacional, dando-lhe um novo fôlego e perspetivas de futuro".

A missão do grupo de trabalho é "apresentar [à secretária de Estado da Cultura] uma proposta de novo posicionamento estratégico da RPM, alicerçada nos princípios de transversalização, comunicação e participação, tendo presente o atual contexto nacional de desenvolvimento de redes geográficas e temáticas de museus e das redes nacionais de outros equipamentos culturais, bem como o necessário incremento da articulação com as redes internacionais de museus".

Também deverá "debruçar-se sobre a necessária operacionalização dos núcleos de apoio e de outros mecanismos de materialização descentralizada" da RPM, os programas de qualificação dos museus e as coleções visitáveis.

Nesta missão, o grupo de trabalho deverá ter presente o novo conceito de museu definido pelo ICOM [sigla em inglês do Conselho Internacional de Museus], para "promoção transversal dos padrões de qualidade, o reforço do trabalho em rede entre os museus que integram a RPM e o envolvimento participativo das comunidades no desenvolvimento dos museus portugueses", acrescenta.

Desde a criação, em 2000, a RPM - organismo oficial certificador da qualidade e funcionamento dos espaços museológicos no país, com adesão voluntária - tem vindo a promover a partilha de conhecimento, formação, recursos e boas práticas nesta área

Em novembro, a secretária de Estado da Cultura, Isabel Cordeiro, tinha revelado à agência Lusa que iria ser criado até ao final do ano um grupo de trabalho para "dar novo fôlego" e estratégia à RPM.

Em maio de 2019, o Governo constituiu um grupo de trabalho para os "Museus no Futuro", coordenado por Clara Camacho, que visava a "apresentação de recomendações e de propostas para estas entidades museológicas e patrimoniais, a curto prazo, mas também tendo o horizonte temporal dos próximos 10 anos".

O relatório final foi divulgado em novembro de 2020, depois de uma versão preliminar em julho desse ano, recomendando, entre outras 49 propostas, que fosse criado um novo Instituto de Museus, Palácios e Monumentos.

Leia Também: Dois milhões para aquisição de obras de arte para museus e palácios

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