Intitulado "Intersectio", o projeto expositivo "explora as relações imotivadas e improváveis" entre obras de artistas da coleção de arte contemporânea do Montepio Geral - Associação Mutualista e obras de artistas pertencentes ao acervo da Fundação Eugénio de Almeida (FEA), explicou a instituição alentejana.
A primeira das três mostras que formam o "Intersectio" está já patente ao público, desde sábado passado, no Centro de Arte e Cultura (CAC) da FEA, com obras de José de Carvalho e Peter Halley, que podem ser apreciadas até 19 de março.
Contactado hoje pela agência Lusa, José Alberto Ferreira, diretor artístico do CAC, explicou que, na segunda exposição, a inaugurar "em finais de março ou inícios de abril, António Charrua interpela cromaticamente Pedro Cabrita Reis".
Quanto ao terceiro momento do projeto, que deverá abrir ao público "em julho", vai mostrar pinturas de Palolo: "O Palolo das cores pop, de finais dos anos 70, revisita uma sua criação de juventude, dos anos 60", adiantou.
Para José Alberto Ferreira, este projeto expositivo "é especial, porque valoriza as relações institucionais e o diálogo entre elas", neste caso entre a FEA e o Montepio Geral - Associação Mutualista, "e também entre os artistas".
De acordo com a FEA, ao longo do ano e "em cada um destes pontos de intersecção estabelecem-se conexões inesperadas, emergem relações porosas e abrem-se aos estímulos múltiplos vasos comunicantes".
No cruzamento das duas instituições, o projeto enquadra-se também nas comemorações dos 60 anos da FEA, que se assinalam este ano, com uma programação especial.
"Aos visitantes de 'Intersectio', os curadores João Sameiro e José Alberto Ferreira deixam o desafio para que façam também seus estes cruzamentos, intersecções e descobertas", desafiou a fundação.
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