Funeral da escritora Eduarda Dionísio realiza-se amanhã em Lisboa

O funeral da escritora e dinamizadora cultural Eduarda Dionísio, que morreu na segunda-feira aos 76 anos, realiza-se na sexta-feira, em Lisboa, revelou a Casa da Achada -- Centro Mário Dionísio.

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© Facebook/Casa da Achada - Centro Mário Dionísio

Lusa
25/05/2023 12:56 ‧ 25/05/2023 por Lusa

Cultura

Óbito

 

Na rede social Facebook, este espaço cultural indica que o funeral de Eduarda Dionísio se realiza na sexta-feira, às 13:30, no cemitério do Alto de São João, em Lisboa.

Eduarda Dionísio, escritora, dinamizadora cultural, morreu na segunda-feira vítima de um cancro no pulmão, a poucos dias de completar 77 anos, refere a Casa da Achada.

"É impossível dizer em poucas palavras o que foi e o que fez esta mulher extraordinária. A Eduarda gostava que as coisas fossem úteis, protestava contra o desperdício de materiais, de esforços e ideias", sublinhou este centro cultural.

Atualmente, Eduarda Dionísio preparava a edição do quinto e último volume do diário inédito do escritor, professor e artista plástico Mário Dionísio, seu pai, intitulado "Passageiro Clandestino".

Eduarda Dionísio nasceu em Lisboa a 06 de junho de 1946, filha de Mário Dionísio e da professora Maria Letícia Silva. Licenciou-se em Filologia Românica e dedicou grande parte da sua vida ao ensino de Português no Secundário.

Numa nota biográfica "impossível e incompleta" deixada na página oficial, a Casa da Achada lembra que Eduarda Dionísio fez parte do Grupo de Teatro da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.

Em 1972 editou o primeiro romance, "Comente o Seguinte Texto", que seria seguido de "Retrato dum amigo enquanto falo", narrativa que constitui, também, "um itinerário" de Portugal nas décadas de 1960 e 1970, entre os últimos anos de ditadura e a sua queda, no 25 de Abril, até 1978.

Eduarda Dionísio escreveu igualmente para teatro, estreando-se no drama com "Antes que a Noite Venha", peça estreada pelo Teatro da Cornucópia em 1992, com encenação de Adriano Luz.

"Foi militante nas escolas, delegada sindical, dirigente sindical (...) foi tradutora, artista plástica e crítica literária. (...) Dedicou-se ao teatro, tendo sido atriz, dramaturga, cenógrafa, (...) traduziu textos de Shakespeare, Brecht ou Heiner Müller, e fez vários trabalhos de dramaturgia".

"Em 2008 fundou, com uma série de amigos, alunos, e familiares de Mário Dionísio (ou estudiosos da sua obra) a Casa da Achada -- Centro Mário Dionísio, arquivo vivo e associação cultural com intervenção diversificada", lê-se na nota biográfica.

 

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