Nos próximos dias 25 a 27, a galeria vai acolher 18 concertos, apresentações de trabalhos da artista multidisciplinar norte-americana Kym Cooper, que explora "a tumultuosa viagem afro-americana de 1619 até ao presente", e da escritora canadiana Kathy Nguyen, ambas em residência na Zaratan.
Também vão ser mostradas obras de design de criadores como António Olaio, Felix Vong, Susana Borges e Joana Geraldes.
No primeiro dia, quinta-feira, o Festival Múltiplo abre com atuações de Chikki Chikki (Ana Pessoa), Vasco Alves e a sua expressão experimentalista através da tradicional gaita de foles, a exploração acústica de Local Loser (Bruno Humberto), a voz e o violoncelo de Joana Guerra, o jazz do contrabaixista João Madeira e os solos do baterista Gabriel Ferrandini.
O violinista e compositor Mário Resende estreará as suas Sonatas na sexta-feira, um dia que também conta com a cantora Maria Radich, a trompetista Anna Piosik, as paisagens sonoras eletrónicas de Catapulta, as histórias do cantautor Mário, o Trovador, e as canções de Sreya.
O último dia do festival, sábado, abre com o concerto para crianças de Pirec Sandex (Rui Pessoa), seguindo-se a improvisação multi-instrumental de Abdul Moimême, o punk de Presidente Drógado, a música contemporânea do pianista Tiago Sousa e o baixo de Miguel Abras.
O festival encerra com a atuação do guitarrista Norberto Lobo.
As atuações acontecem em diferentes espaços da Zaratan, entre a sala de concertos, o pátio e a galeria de arte.
Esta edição do festival assinala os 10 anos da galeria que abriu portas em novembro de 2014, na rua de São Bento, em Lisboa.
Fundada por artistas como associação cultural sem fins lucrativos, a Zaratan tem como objetivo acolher diferentes expressões, "fora das lógicas comerciais e convencionais".
"Na sua sexta edição, o Festival Múltiplo continua a ser um evento independente que se pretende opor à típica migração de massas para os grandes festivais de verão", lê-se no comunicado divulgado pela galeria. É, por isso, "um pequeno festival feito por agentes locais, que permite habitar o centro histórico [de Lisboa] e manter vivos projetos independentes de alto valor artístico".
O Festival Múltiplo tem uma lotação limitada a 60 pessoas por dia, com uma entrada diária no valor de 10 euros, que revertem "como donativo para a associação".
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