Como assinalou a agência France-Presse, as surpresas são a entrada na lista de um antigo romancista policial, Olivier Norek, que desta vez escreve sobre a guerra russo-finlandesa de 1940, e um livro de Thomas Clerc, sobre uma vasta deambulação pelo norte de Paris.
Já a revista Les Inrocks recorda a predileção da Academia Goncourt pelos romances históricos, que voltam a figurar numa lista de nomeados, como com "Houris", de Daoud, sobre a sua Argélia natal, ou "Vous êtes l'amour malheureux du Führer", de Jean-Noel Orengo, sobre a vida do arquiteto nazi Albert Speer, e Faye sobre o genocídio do Ruanda em "Jacaranda".
A publicação francesa sublinhou -- e lamentou -- que os jurados do Goncourt continuem "um pouco monomaníacos", sem olharem para lá das fronteiras do romance.
Entre os nomeados estão ainda "Tout le bruit du Guéliz", de Ruben Barrouk, "Madelaine avant l'aube", de Sandrine Collette, "Archipels", de Hélène Gaudy, "Jour de ressac", de Maylis de Kerangal, "La désinvolture est une bien belle chose", de Philippe Jaenada, "La vie meilleure", de Étienne Kern, "Aucun respect", de Emmanuelle Lambert, "Le Club des enfants perdus", de Rebecca Lighieri, "Dors ton sommeil de brute", de Carole Martinez, "Coeur", de Thibault de Montaigu, e "Le Bastion des larmes", de Abdellah Taïa.
Dos autores agora nomeados, apenas estão publicados em Portugal Daoud ("Meursault, contra-investigação", de 2015, com tradução de Inês Pedrosa, pela Teodolito), Abdellah Taïa ("Aquele que é digno de ser amado", de 2023, com tradução de Diogo Paiva, pela Maldoror) e Maylis de Kerangal, com vários títulos pela Teodolito e Teorema desde 2014.
A entrega do prémio está prevista para 04 de novembro, no restaurante Drouant, em Paris, como é habitual.
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