Promovidos pela Universidade de Aveiro (UA), os Festivais de Outono começam no domingo e vão até 30 de novembro, trazendo "a Voz para assinalar 50 anos da UA e de Abril" e coincidindo com Aveiro como Capital Portuguesa da Cultura.
"Ao longo desta Gala Lírica, os intérpretes conduzem quem os ouve, com as suas vozes e através de paisagens, a diferentes culturas musicais, às composições de raiz espanhola e tradição italiana", refere uma nota universitária.
Outro momento a assinalar são os 200 anos da 9.ª Sinfonia de Beethoven, que vai ser interpretada no concerto de encerramento dos Festivais.
Nesse concerto, à Orquestra Filarmonia das Beiras juntam-se a Orquestra e o Coro do Departamento de Comunicação e Arte da UA, sob a direção do maestro convidado Luís Carvalho, professor naquela universidade.
O programa procura ainda dar a ideia da presença pedagógica da UA no panorama lírico português, quer ao nível da performance (vocal e instrumental), quer ao nível da composição.
A vertente pedagógica dos Festivais reflete-se também na rubrica "Presente(em)mente)", que vai na sua 4.ª edição com o objetivo de divulgar e promover obras de estudantes de composição.
A 12 de novembro, às 21:30, no auditório do DeCA, serão pela primeira vez interpretadas obras de Alberto Hortigu¨ela, João Pedro Monteiro da Silva, Henrique Siracusa Pires, Pedro Mateus e João Pedro Coimbra, pelo "Ensemble Momentum UA".
A direção artística do Ensemble e a curadoria do concerto são de Henrique Portovedo e Sara Carvalho, ambos professores na Universidade de Aveiro.
Antes, na manhã de 10 de novembro, o Quarteto de Cordas de Aveiro interpretará o "Divertimento em Fá Maior, K. 138", de Mozart (1772), e "A Morte e a Donzela", de Schubert (1824).
"Canção da Terra, Melodia da Humanidade" é o título atribuído ao espetáculo da Camerata Nov'Arte, no dia 15 de novembro, às 21:30, na Casa da Cultura de Ílhavo, que estreia em Portugal a versão para dois solistas vocais e ensemble de "A Canção da Terra", de Gustav Mahler.
Para além da música erudita, o programa contempla incursões pela zarzuela, pelo Fado, pelo jazz e ainda pela música de intervenção, logo no dia 02 de novembro, com o projeto "Aqui está-se sossegado", do duo Camané e Mário Laginha.
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