Após polémicas, Eurovisão terá novas regras para "salvaguardar artistas"

A decisão surge após vários países, incluindo Portugal, terem denunciado um clima de assédio durante os ensaios da edição deste ano, sobretudo por parte da equipa de Israel. 

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© Jens Büttner/picture alliance via Getty Images

Márcia Guímaro Rodrigues
10/12/2024 16:13 ‧ há 5 semanas por Márcia Guímaro Rodrigues

Cultura

Eurovisão

A União Europeia de Radiodifusão (EBU, na sigla em inglês) anunciou, esta terça-feira, que terá um novo Código de Conduta e um Protocolo de Dever de Cuidado para "promover um ambiente de respeito e apoio" no Festival Eurovisão da Canção.

 

"O Protocolo de Dever de Cuidado enfatiza a responsabilidade partilhada da EBU, da emissora anfitriã e das Emissoras Participantes em salvaguardar os artistas de sofrimento físico ou emocional desnecessário", lê-se num comunicado.

Com as novas medidas, a 69.ª edição do Festival Eurovisão da Canção, que se realizará em maio, em Basileia, na Suíça, terá "zonas sem filmagens nas principais áreas dos artistas, mais ensaios à porta fechada e horários de ensaio otimizados para garantir que os artistas têm tempo suficiente para descansar e desfrutar da cidade anfitriã".

Haverá também um "produtor de bem-estar", que "será um ponto de contacto fundamental para os artistas e o pessoal, a fim de garantir um ambiente seguro, respeitoso e solidário".

Na nota, a EBU garantiu que "continuará a defender os valores do Festival de inclusão e celebração da diversidade".

"Acreditamos que as alterações que estamos a fazer para Basileia 2025 tornam o Festival Eurovisão da Canção a melhor experiência possível para os nossos participantes, o nosso pessoal e o nosso público", afirmou Martin Green, o novo diretor do festival.

A decisão surge após vários países, incluindo Portugal, terem denunciado um clima de assédio durante os ensaios da edição deste ano, sobretudo por parte da equipa de Israel. 

Recentemente, Nemo, artista que venceu a 68.ª edição do Festival Eurovisão da Canção, acusou também a EBU de não ter feito o suficiente para apoiar os concorrentes que se opunham à participação de Israel, que travava uma ofensiva na Faixa de Gaza na altura do evento.

Mas a edição ficou marcada por um incidente que envolveu o cantor Joost Klein, dos Países Baixos, um dos favoritos à vitória com 'Europapa', que foi expulso horas antes da grande final.

Segundo a EBU, em causa esteve o facto de ter sido apresentada uma queixa "por um membro feminino da equipa de produção após um incidente da sua atuação na semifinal". Segundo a imprensa sueca, a queixosa seria membro da delegação israelita e terá filmado o neerlandês sem sua autorização. Meses depois, o Ministério Público da Suécia arquivou o caso.

A 68.ª edição do Festival Eurovisão da Canção, recorde-se, realizou-se em Malmö, na Suécia, entre os dias 7 e 11 de maio e, apesar das críticas devido à participação de Israel, acabou por ganhar a Suíça, o país mais neutro do mundo, com Nemo e 'The Code'.

Leia Também: "Daqui até 2025 é um pulinho". Eis as datas do próximo Festival da Canção

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