A concentração no Campus XXI tem como objetivo exigir a valorização do trabalho prestado em dias feriados, o cumprimento do horário e dos seus limites legais, e a valorização dos trabalhadores com funções de vigilância e receção, segundo a federação nacional de sindicatos.
Esta ação de luta dos trabalhadores foi marcada por "falta de respostas" da tutela às reivindicações, embora a ministra da Cultura, Dalila Rodrigues, tenha manifestado hoje, numa reunião com os sindicatos, "abertura para analisar" as exigências, disse fonte sindical.
Contactado pela agência Lusa sobre o protesto, Orlando Almeida, dirigente da FNSTFPS, indicou que a ministra da Cultura garantiu que tentaria "dar resposta às reivindicações dos trabalhadores a partir de janeiro" de 2025.
A reunião de hoje decorreu com a presença da secretária de Estado da Cultura, Maria de Loures Craveiro, e o presidente do conselho de administração da Museus e Monumentos de Portugal (MMP), Alexandre Pais, segundo o dirigente sindical.
"O aviso prévio de greve nos feriados e ao trabalho suplementar está a decorrer desde maio, e, desde então, os trabalhadores da MMP têm aderido, com o resultado de encerramento de vários equipamentos culturais de norte a sul do país", como o Mosteiro dos Jerónimos e a Torre de Belém, o Convento de Cristo, o Mosteiro de Alcobaça e a Fortaleza de Sagres, indicou à Lusa.
Nos 38 museus, monumentos e palácios nacionais agora geridos pela MMP trabalham atualmente cerca de 950 funcionários, estimou Orlando Almeida.
De acordo com os sindicalistas, estes trabalhadores da MMP "só recebem mais cerca de 15 euros para trabalhar num feriado, e são-lhes pagas até duas horas suplementares, enquanto as restantes são recompensadas com tempo, que nunca chega a ser usufruído por falta de recursos humanos".
"Se o horário de um trabalhador terminar às 18:00 e houver um evento nesse dia no museu ou monumento até às 23h00, por exemplo, a partir das 20h00 já não recebe", precisou Orlando Almeida.
A federação nacional de sindicatos indicou ainda que o pré-aviso de greve com estas reivindicações encontra-se em vigor até 31 de dezembro deste ano.
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