Obras sobre feminismo, reclusão e consumismo nas novidades da Antígona

Autoras inéditas em Portugal e novas obras de Goliarda Sapienza, Georges Perec e Stanislaw Lem integram as novidades de ficção da Antígona para este ano, marcadas por temas como trabalho operário, feminismo, opressões, consumismo, reclusões e guerra, entre outros.

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Lusa
15/01/2025 20:03 ‧ há 2 horas por Lusa

Cultura

Literatura

Este mês, a editora publica uma novela social sobre a realidade das mulheres antes da guerra civil espanhola, intitulada 'Tea rooms. Mulheres operárias', da autoria de Luísa Carnés.

 

"Romance coral, ardentemente político, 'Tea Rooms' (1934) é a história do despertar de uma consciência social e um retrato das mulheres trabalhadoras no início do século XX, que se revela espantosa e tristemente atual", destaca a Antígona.

No mês de fevereiro, chega 'As coisas - Uma história dos anos 60', de Georges Perec, obra de 1965, vencedora do Prémio Renaudot, sobre um casal que trabalha em publicidade e vive obcecado em adquirir objetos, uma obra que traça "o retrato do fascínio que tralha de toda a espécie exerce sobre o comum mortal, soterrando-o no consumismo".

Abril traz de volta o polaco Stanislaw Lem, com 'A verdade e outros contos', uma coletânea de pequenas histórias, escritas entre 1956 e 1993, que, no seu conjunto, fazem o retrato de uma humanidade auto-indulgente, "inconsciente dos seus defeitos, avidamente disposta a destruir o planeta e que, na verdade, não passa de uma partícula de areia no universo".

'A paz das colmeias', de Alice Rivaz, é a proposta para o mês de maio, um romance feminista, que consiste no diário secreto de uma mulher, que revela um matrimónio em ruínas, as inquietudes de uma datilógrafa de meia-idade numa encruzilhada da vida.

"Neste caderno inconformado de reflexões sobre a condição feminina, alimentado pela raiva face ao desconcerto do mundo, nada escapa às desapiedadas observações da protagonista: a relação entre os sexos, o matrimónio que converte o amor numa relação doméstica e os mecanismos da dominação masculina", adianta a editora.

Ainda no mesmo mês, chega às livrarias 'Meninas e instituições / Desejo cinzas à minha casa', da russa Daria Serenko.

A primeira história é o relato do quotidiano de funcionárias na máquina estatal do presidente Vladimir Putin, uma realidade que a autora conheceu de perto: as tarefas absurdas, a inescapável burocracia, e o assédio dos superiores, mas também a solidariedade que as une.

'Desejo cinzas à minha Casa', escrito atrás das grades, narra a sua experiência nos primeiros dias da invasão da Ucrânia e testemunha as violências sofridas pelos que se opuseram a este conflito.

Em junho, a Antígona publica outro livro de Goliarda Sapienza, 'A universidade de Rebibbia', que integra o ciclo biográfico da autora -- a "autobiografia das contradições".

Este romance é o relato literário dos meses de reclusão que a autora passou numa prisão feminina no nordeste de Roma.

'Como animais', de Violaine Bérot, vencedor do Prémio das Livrarias de Madrid | Melhor Livro de Ficção 2023, chega ao mercado livreiro em julho, trazendo depoimentos dos habitantes de uma aldeia isolada nos Pirenéus, quando uma criança desconhecida é avistada numa gruta e a suspeição se abate sobre um deles, revivendo lendas e mistérios.

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