O concerto de Rui Lopes irá decorrer no Weill Recital Hall, no Carnegie Hall, na noite de 22 de abril, quando espera levar o público por uma "viagem pela história musical", que contará com "obras românticas, mas também mais modernas", passando pelo Tango e pelo Fado, contou o músico clássico.
"Eu não podia estar mais contente, porque realmente é algo único. É um privilégio incrível tocar na sala de concertos mais famosa do planeta. E ainda por cima, tocarei com dois músicos que são de outro planeta. Por tudo isso, estou incrivelmente entusiasmado", confessou à Lusa.
"O programa incluirá obras de Saint-Saëns, Schumann, Piazzolla, Debussy, Gardel e também do nosso Mário Pacheco, como forma de divulgação da excelência nacional portuguesa, entre outros", explicou.
O Carnegie Hall tem recebido vários nomes nacionais ao longo das décadas, desde as fadistas Amália e Celeste Rodrigues ao pianista Vasco Dantas, passando pelo flautista Francisco Barbosa, entre muitos outros. Entre eles, destaca-se o pianista Paulo Santiago (1958-1992), que atuou na sala nova-iorquina em julho de 1991, tendo o seu recital, com obras de Schumann, Debussy e Chopin, sido editado posteriormente em disco.
Em palco, Rui Lopes estará vestido pela marca Ernest W. Baker, fundada em 2016 pela designer portuguesa Inês Amorim e pelo norte-americano Reid Baker, contou ainda o fagotista.
A viver fora de Portugal há vários anos, Rui Lopes mora com a família na cidade suíça de Basileia e é professor na Escola Superior de Música em Estrasburgo, vivendo uma rotina intensa, "mas muito gratificante".
"Nós ainda estamos a recuperar desta pandemia, em que os concertos foram sendo reduzidos. Mas agora estamos quase nos níveis antes da pandemia. E posso dizer que tive muita sorte, porque vim para aqui estudar no momento certo, com a pessoa certa. Já desde estudante que comecei a ter bastantes concertos e tenho tido a sorte de manter bons contactos e de acrescentar outros", disse, refletindo sobre o seu percurso no mundo da música, o qual consolidou fora de Portugal.
A viver e a trabalhar numa localização privilegiada, que lhe permite chegar rapidamente a várias das grandes cidades europeias, Rui Lopes tem tocado em algumas das principais salas mundias de concerto, embora frisando que "é um trabalho de sete dias por semana".
Ao longo da sua carreira, Rui Lopes já deu também aulas em várias instituições, como Universidade de Aveiro, Academia Metropolitana, Escola Profissional Artística do Vale do Ave (Artave) e a Academia de Música de Coimbra, lecionando desde 2020 na Escola de Música de Estrasburgo, em França, segundo o próprio 'website' do músico.
Como solista, Rui Lopes já atuou com a Orquestra Sinfónica de Zurique, Orquestra Sinfónica de Basileia, Orquestra de Câmara Inglesa, Orquestra de Câmara Kremlin e a Orquestra da Ópera Nacional Finlandesa, entre muitas outras.
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