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'Cavalo Dinheiro' tem estreia nacional na quinta-feira
O filme ‘Cavalo Dinheiro’, do realizador Pedro Costa, estreia-se nas salas de cinema do país na quinta-feira, depois de já ter conquistado vários prémios em festivais internacionais.
© Global Imagens
Cultura Pedro Costa
A estreia mundial do filme decorreu em agosto, na Suíça, no Locarno Film Festival, onde Pedro Costa, 55 anos, foi distinguido com o Leopardo para o Melhor Realizador e com o prémio da Federação Internacional de Cineclubes.
Em novembro, ‘Cavalo Dinheiro’ venceu a competição internacional do oitavo Festival de Cinema de Vanguarda, na Grécia, e também na Argentina, no domingo, o filme conquistou uma menção especial para a fotografia na 29.ª edição do Festival Internacional de Cinema de Mar del Plata.
A revista Sight and Sound, do British Film Institute, classificou ‘Cavalo Dinheiro’, do cineasta português Pedro Costa, como o terceiro melhor filme de 2014.
A tabela é liderada por ‘Boyhood’, de Richard Linklater, e em segundo lugar ficou o filme ‘Adieu au langage’, de Jean-Luc Godard. O terceiro lugar de ‘Cavalo Dinheiro’ é repartido entre a última obra de Pedro Costa e ‘Leviathan’, de Andrey Zvyagintsev.
‘Cavalo Dinheiro’ volta a ser protagonizado por Ventura, o cabo-verdiano que entrou em ‘Juventude em Marcha’ e que Pedro Costa conheceu na rodagem de dois outros filmes no bairro das Fontaínhas (já demolido), nos arredores de Lisboa: ‘Ossos’ (1997) e ‘No quarto da Vanda’ (2000).
O filme, produzido pela OPTEC (Sociedade Óptica Técnica Lda.), conta ainda com os desempenhos Vitalina Varela e Tito Furtado.
Concluído em 2014, ‘Cavalo Dinheiro’ estreia-se em Portugal cinco anos após ‘Ne Change Rien’, documentário do realizador Pedro Costa sobre a cantora Jeanne Balibar.
A partir de 2015, o filme terá estreia comercial no Reino Unido, França, Bélgica, Japão e Estados Unidos, país onde Pedro Costa será alvo de uma retrospetiva.
Quando da estreia de ‘Cavalo Dinheiro’ em Locarno, a norte-americana ‘The Hollywood Reporter’ destacou a "bravura" da obra e o "deslumbramento" das suas imagens, sobretudo pela cinematografia de Costa e Leonardo Simões, que define "um universo surpreendente de luz e sombra, principalmente sombra", escrevia a revista.
Com um argumento que "desafia qualquer sinopse", o filme é "uma exploração imponente" do "pesadelo interno", em que vive o protagonista, adiantava a revista norte-americana.
Nos anos mais recentes, Pedro Costa participou no filme coletivo ‘Centro Histórico’ (2012), composto por curtas-metragens feitas também por Manoel de Oliveira, Victor Erice e Aki Kaurismaki, e fez a curta-metragem ‘O nosso homem’ (2010).
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