António Lagarto exibe 300 trajes e adereços

Uma exposição com 300 trajes e adereços criados por António Lagarto, que traça a história dos figurinos e da cenografia dos últimos 50 anos, é inaugurada na quinta-feira no Museu do Design e da Moda, em Lisboa.

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© Global Imagens

Lusa
09/12/2014 19:35 ‧ 09/12/2014 por Lusa

Cultura

MUDE

De acordo com a organização, a exposição inaugura na quinta-feira, no piso 3 do museu, e tem como título "De Matrix a Bela Adormecida", centrando-se em particular no trabalho de António Lagarto como figurinista, desenvolvido desde 1984.

Ao longo da carreira, António Lagarto, 66 anos, artista plástico, cenógrafo e figurinista, criou centenas de trajes e adereços para o universo dramatúrgico.

Formado em Londres pelo Royal College of Art e St. Martin's School of Art, António Lagarto foi subdiretor, entre 1989 e 1993, e diretor, em 2005 e 2006, do Teatro Nacional D. Maria II, em Lisboa.

Criou figurinos e cenários para espetáculos de artistas portugueses e estrangeiros como Ricardo Pais, Fernanda Lapa, Maria Emília Correia, Jorge Lavelli, João Grosso, Nuno Carinhas, Cândida Vieira, Paulo Ribeiro, Olga Roriz, Vasco Wellenkamp, Alain Ollivier, Jenny Killick, John Cranko, Mehmet Balkan, Ted Brandsen, entre outros.

"O obsessivo perfecionismo e a profunda imaginação/fantasia de António Lagarto fazem de cada trajo uma narrativa temporal e espacial", sublinha o museu, sobre o trabalho do figurinista.

De acordo com o MUDE, o principal objetivo desta exposição é "dar a conhecer ao público a multiplicidade e variedade do trabalho e da criatividade e exigência estética [de António Lagarto] onde são apresentadas algumas das peças que marcam o seu longo e diversificado percurso, e que fazem a história dos figurinos e também da cenografia dos últimos 50 anos".

No museu vão estar cerca de 200 figurinos completos, perfazendo um total aproximado de 300 peças, desde trajos a adereços de cabeça, joias e sapatos, e em paralelo serão apresentadas 30 fotografias que contextualizam o figurino.

A exposição está organizada em torno de seis núcleos e mostra um universo de referências que vão da arquitetura à escultura/instalação, ao design, e à literatura.

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