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Exposições de Lida Abdul e Narelle Jubelin na Gulbenkian

Exposições das artistas Lida Abdul e Narelle Jubelin, e uma homenagem ao artista Júlio dos Reis Pereira abrem quinta-feira a celebração dos 30 anos do Centro de Arte Moderna (CAM), da Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa.

Exposições de Lida Abdul e Narelle Jubelin na Gulbenkian
Notícias ao Minuto

17:43 - 15/01/13 por Lusa

Cultura Lisboa

De acordo com a programação, as exposições inauguram na quinta e abrem ao público na sexta-feira, no CAM, que assinala esta temporada comemorativa com uma mostra da artista afegã Lida Abdul, e outra da australiana Narelle Jubelin, ‘Plantas e Plantas’.

A exposição de homenagem - prestada em conjunto com a Fundação Cupertino de Miranda - a Júlio dos Reis Pereira (1902-1983) chama-se ‘A imagem que de ti compus’, e o dia da inauguração coincide com a data da morte do pintor, ilustrador e poeta, em Vila do Conde, a sua terra natal.

A artista Lida Abdul, nascida em Cabul e a viver em Los Angeles, vai apresentar-se pela primeira vez em Portugal, no CAM, numa exposição comissariada por Isabel Carlos que ficará patente até 31 de Março.

A sua obra remete habitualmente para o contexto de guerra no Afeganistão, "apesar de nunca recorrer a imagens explícitas dela, captando a vida comum de um país que ostenta as feridas dos combates, com uma poética muito própria", segundo o CAM.

Além das fotografias, a artista cria situações performativas insólitas, que passam por pintar de branco casas em ruínas, ou pela intervenção num avião soviético esburacado e abandonado, enchendo-o de algodão.

Por seu turno, Narelle Jubelin vai apresentar até 31 de Março ‘Plantas e Plantas’ (‘Plants and Plans’, no original) que remete para o duplo sentido da palavra - planta de jardim e planta de edifício -, conceitos que percorrem o seu trabalho.

Esta mostra está ligada a contextos geográficos particulares - Austrália e Timor Leste - e apresenta reflexões sobre a natureza, a arquitectura, o pós-colonialismo e o modernismo.

Especificamente para o CAM, foi criada uma instalação com a produção têxtil das artistas aborígenes australianas Emily Kaybbrim, Graham Badari, Jean Baptiste Apuatimi e a produção Tais, de Timor Leste.

A exposição de homenagem a Júlio dos Reis Pereira reúne 92 obras de pintura e desenho, e é uma organização conjunta do CAM e da Fundação Cupertino de Miranda, centrando-se nos períodos surrealistas e expressionistas na sua obra, ao longo de três décadas, de 1920 a 1940.

Serão mostradas pinturas a óleo e desenhos das duas colecções, ambas com um número significativo de obras do pintor referentes a essa primeira fase da sua produção, e ainda de colecções particulares, como inéditos que estavam na posse de Cruzeiro Seixas.

A exposição inclui o filme documentário sobre o pintor, que Manoel de Oliveira realizou em 1965, com música de Carlos Paredes e narração de José Régio, irmão do artista.

O documentário é emprestado pela Cinemateca Portuguesa e estará permanentemente em exibição, numa das salas que acolhem a exposição, patente até 7 de Abril, com curadoria de Patrícia Rosas e António Gonçalves.

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