De acordo com uma nota da fundação enviada à Lusa, os 10.385 documentos do Arquivo Amílcar Cabral estarão disponíveis no sítio electrónico Casa Comum (www.casacomum.org), desenvolvido pela Fundação Mário Soares.
Foram digitalizadas 27.641 páginas de documentos pessoais, documentos políticos, militares e diplomáticos, fotos, artigos de imprensa e documentos de outras fontes relacionados ao líder que foram incluídos no arquivo.
Amílcar Cabral, um dos líderes das independências da Guiné-Bissau e Cabo Verde, foi assassinado na Guiné-Conacri, no dia 20 de Janeiro de 1973.
Amílcar Cabral, o seu meio-irmão Luís Cabral (primeiro Presidente da Guiné-Bissau) e Aristides Pereira (primeiro Presidente de Cabo Verde) foram alguns dos fundadores do Partido Africano para a Independência da Guiné-Bissau e Cabo Verde (PAIGC).
Segundo a Fundação Mário Soares, em agosto de 1999, foi feita uma solicitação pelas autoridades guineenses para salvaguardar e recuperar o Arquivo Amílcar Cabral, já que o edifício no qual se encontrava tinha sido bombardeado e posteriormente saqueado.
Uma equipa do arquivo e biblioteca da fundação deslocou-se a Bissau com esse objectivo.
A 11 de Agosto de 1999, assinou-se o protocolo de cooperação entre o Governo guineense, o PAIGC e a Fundação Mário Soares, que estabelecia o caminho a seguir para garantir a recolha e tratamento dessa documentação.
