Lost My Name conta com autor português entre os fundadores

Com 900.000 livros vendidos em todo o mundo, há uma empresa britânica que está a fazer sucesso entre os mais novos. Chama-se Lost My Name e conta com Pedro Serapicos, um designer português, entre os fundadores.

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© www.lostmy.name

Lusa
21/11/2015 10:40 ‧ 21/11/2015 por Lusa

Cultura

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A Lost My Name surgiu em Londres em 2012 fundada por quatro pessoas, entre as quais o designer e ilustrador Pedro Serapicos, com o objetivo de criar livros para crianças feitos à medida de cada leitor. Para tal, foram escritas mais de 200 histórias, com centenas de ilustrações que, combinadas com a ajuda de algoritmos, dão origem a um livro personalizado.

O primeiro livro a ser comercializado, em 2013, foi "Ai! Perdi o meu nome!", com a aventura de um rapaz ou rapariga em busca das letras do nome, consoante a identidade da pessoa que encomenda a obra. A empresa acaba de lançar "The Incredible Intergalactic Journey Home" ("A incrível viagem intergalática até casa").

Pedro Serapicos contou à agência Lusa que entrou no projeto logo no primeiro momento depois de David Cadji-Newby, Asi Sharabi e Tal Oron - os restantes criativos fundadores da empresa - terem visto um portefolio dele na Internet.

"O grande segredo é a narrativa, que faz todo o sentido e é feita especificamente para cada criança. É um livro para o momento de leitura antes de ir dormir, que faz essa ligação entre crianças e adultos", afirmou Pedro Serapicos.

Em três anos, a empresa vendeu cerca de 900.000 exemplares em 136 países, sobretudo no Reino Unido e nos Estados Unidos. O investimento inicial foi de cerca de 40.000 euros e atualmente a Lost My Name conta com a Google entre os accionistas, que pagou nove milhões por dez por cento do capital.

"O que começou por ser um projeto paralelo [na vida dos quatro fundadores] rapidamente cresceu e tornou-se numa empresa com alguma consistência", afirmou Pedro Serapicos.

Atualmente a empresa conta com 90 trabalhadores que asseguram todas as áreas de criação, produção e impressão dos livros.

Os livros da Lost My Name não estão nas livrarias nem nas tabelas oficiais de vendas. Também não existem livros em armazém. Cada livro é feito e impresso à medida de quem compra, estando disponíveis numa dezena de línguas, como inglês, francês, alemão, italiano, sueco e português.

"Ai! Perdi o meu nome!" está disponível em língua portuguesa há cerca de dois meses. "The Incredible Intergalactic Journey Home", cujas histórias incluem imagens de satélite, autorizadas, dos locais onde moram os leitores que as encomendam, apenas foi lançado nos Estados Unidos e Reino Unido.

Nascido há 40 anos no Porto, Pedro Serapicos não quis emigrar para Londres, onde funciona a Lost My Name. Vive atualmente em Fão, uma localidade do concelho de Esposende, trabalha em design gráfico e de comunicação e dá aulas em Matosinhos e Vila do Conde.

"Aceitei integrar o projeto pelo desafio de um projeto que associa tecnologia e ilustração, pela multidisciplinaridade; foi uma forma de alargar os meus interesses, mas não gosto de colocar todos os ovos no mesmo cesto", disse.

Em Portugal, Pedro Serapicos ilustrou alguns livros para a infância, de autores como José Jorge Letria e Alexandre Parafita, mas considera que o seu meio de trabalho é sobretudo o design gráfico e de comunicação.

Na Lost My Name, o futuro não passa apenas pelos livros para crianças, estando em estudo a criação de aplicações multimédia, animação e material associado às obras já lançadas.

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