'As árvores morrem de pé' estreia dia 11 no Politeama
A peça "As árvores morrem de pé", de Alejandro Casanova, encenado por Filipe la Feria, estreia no próximo dia 11 no Teatro Politeama, em Lisboa, com Manuela Maria e Ruy de Carvalho, como protagonistas, disse à Lusa fonte da produção.
© Global Imagens
Cultura Filipe La Féria
A peça será alternadamente protagonizada por Eunice Muñoz e Manuel Maria, e por Ruy de Carvalho e João d'Ávila, sendo o restante elenco constituído por Carlos Paulo, Maria João Abreu, Hugo Rendas, Ricardo Castro, Paula Fonseca, Rosa Areia, João Duarte Costa, Patrícia Resende, João Sá Coelho, Pedro Goulão e Francisco Magalhães.
"Dado o estado de saúde de Eunice Muñoz não é ainda previsível quando a atriz subirá ao palco, apesar de estar a recuperar muito favoravelmente", disse à lusa a mesma fonte.
Os espetáculos são de quarta-feira a sábado às 21:30 e aos sábados e domingos às 17:00, segundo a mesma fonte.
Segundo nota do Teatro Politeama, este é um "texto mítico do reportório do século XX, que experimenta e contraria os patrões clássicos do teatro, criando fissuras nas personagens, desagregando-as da sua identidade, confrontando-as com o conceito da verdade e dos seus espelhos no poder recriador da ilusão".
A mesma nota como a peça "ecoa no imaginário do teatro em Portugal", nomeadamente devido à sua transmissão pela RTP, em 1966, a partir do extinto Teatro Avenida em Lisboa, protagonizada "pela lendária atriz Palmira Bastos" que encerra a peça com frase ficou famosa: "Morta por dentro, mas de pé como as árvores".
Quanto ao drama, adianta o Politeama que "tudo começa numa organização que pretende tornar as pessoas mais felizes com poesia e criatividade".
"Um velho senhor chega um dia ao escritório dessa estranha organização com um pedido surpreendente: o seu neto tornou-se um perigoso delinquente, mas ele quer esconder a verdade à sua mulher", que ao longo de vários anos enganou, escrevendo-lhe cartas fictícias, supostamente do neto, criando a imagem de um famoso arquiteto que vivia no estrangeiro", até que um dia o verdadeiro neto envia um telegrama anunciando a sua chegada, porém, o navio naufraga e todos os passageiros morrem.
"O velho senhor propõe então à organização que coloque em sua casa um casal fingindo ser o neto e a sua mulher para tornar real a ilusão da avó".
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