Em 2012, um ano depois do seu primeiro título de Superbikes, Tiago Magalhães protagonizou um aparatoso acidente durante um treino e sofreu uma fratura da tíbia e do perónio, que afetou tendões e ligamentos.
"Este tipo de problema cura-se em três, quatro meses. A minha recuperação foram oito meses. Os próprios fisioterapeutas não estavam a conseguir fazer a recuperação, algo não estava certo e foi uma altura muito complicada", recordou Tiago Magalhães em declarações à agência Lusa.
"Além das muitas dores que sentia, o ver que a recuperação não estava a resultar, que havia qualquer coisa que não estava bem, foi muito difícil", acrescentou.
Depois de um longo processo de tratamento que durou mais de meio ano, Tiago Magalhães ficou em condições mesmo em cima do início do campeonato nacional de Superbikes deste ano e garantiu a sua inscrição mesmo à última da hora.
"Sabia que ia ser muito complicado. Se fosse vice-campeão já era muito bom, mas depois com o decorrer do campeonato comecei a sentir-me bem, os resultados começaram a aparecer e o moral e o ego subiram", explicou.
Com uma Kawasaki, Tiago Magalhães foi segundo classificado no último fim de semana no Autódromo do Estoril, um resultado que lhe permitiu garantir o inesperado e imprevisto título de campeão nacional de Superbikes.
Agora, aos 29 anos e com dois títulos nacionais na bagagem nesta categoria, Magalhães vai agora apostar na sua internacionalização e tentar um lugar no campeonato europeu de Superbikes ou até mesmo no Mundial, naquela que será uma nova etapa da sua carreira, que começou apenas com sete anos nas provas de minimotocrosse.
"O projeto está bem encaminhado, já fui campeão duas vezes em Portugal e está na altura de começar a apostar lá fora. Acho que, com a minha experiencia, é a altura certa. É um desporto um pouco dispendioso e com a crise tudo se torna mais difícil, mas já tenho alguns apoios, incluindo patrocinadores estrangeiros", concluiu.