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"Espero estar no Euro, mas não vamos pôr a carroça à frente dos bois"

Em entrevista ao Desporto ao Minuto, Ricardo Pereira admite que tem "esperança" de voltar a ser chamado por Fernando Santos e abre a porta a um eventual regresso ao futebol português.

Notícia

© Getty Images

Carlos Pereira Fernandes
01/10/2019 08:00 ‧ 01/10/2019 por Carlos Pereira Fernandes

Desporto

Ricardo Pereira

Com 37 jogos, dois golos, sete assistências e, para colocar a ‘cereja no topo do bolo’, prémio de melhor jogador do ano do Leicester City, quer para os jogadores, quer para os adeptos, a primeira temporada de Ricardo Pereira em solo inglês dificilmente poderia ter corrido melhor.

As chamadas à seleção portuguesa não têm abundado – o último jogo foi a 30 de junho de 2018, nos oitavos-de-final do Campeonato do Mundo, diante do Uruguai – mas o lateral garante que a ausência das opções de Fernando Santos não o têm abatido.

Em entrevista exclusiva ao Desporto ao Minuto, o jogador natural de Lisboa ‘abre o livro’ quanto à experiência na Premier League, abordando temas tão diversos como o Brexit ou o racismo, com enfoque na polémica que tem em Bernardo Silva a personagem principal.

Ricardo Pereira analisa, ainda, a atualidade do futebol português, antevê um (possível) pós-Leicester City e não descarta, de resto, a possibilidade de voltar a jogar em Portugal, onde já representou, a nível sénior, Vitória SC e FC Porto.

Limitando os jogadores estrangeiros, limita-se a Premier LeagueEstá no segundo ano de Leicester City. Enquanto emigrante português, tem sentido na pele a questão do Brexit?

Para já, ainda não. Claro que se espera algumas mudanças no futuro, mas desde que cheguei não notei diferenças.

Mas isso é um assunto que se fale entre companheiros de equipa?

Não. Pelo menos falo por mim e por aquilo que vivencio. Não temos tanta noção ao certo do que vai mudar, das mudanças que vai produzir-se quando isso acontecer, daí não termos falado sobre isso.

Tem alguma opinião pessoal sobre isso?

Falando pessoalmente, preferia que continuasse como está. Não vejo, sinceramente, vantagens na saída do Reino Unido, para nós, estrangeiros.

Tem-se falado que até poderá haver uma limitação de jogadores estrangeiros...

Pelo que ouvi dizer, os jogadores que já cá estão não entram nesse novo sistema. Não sei bem como isso irá ser resolvido.

E o futebol inglês, teria alguma coisa a ganhar com isso?

Penso que poderia perder. Se se limitasse o número de jogadores estrangeiros, o campeonato inglês ia perder com isso, porque tem jogadores de todo o mundo, de várias nacionalidades, e, limitando-se isso, iria limitar-se o campeonato.

Sente que está, neste momento, no melhor campeonato do mundo?

Sim, sim. Pela experiência que tenho, acredito que sim. Em termos de espetáculo, de competição, de dificuldade, de desafio… Penso que sim. A Liga espanhola está logo atrás, mas é um bocado diferente. Se calhar, tem mais qualidade em termos individuais e de jogo, mas em termos de espetáculo e competitividade, a Premier League está acima.

Enquanto espectadores vemos o ambiente fantástico que é criado em todos os jogos. Como é para quem vive isso por dentro?

É muito bom. Agora já estou um bocado habituado, mas para quem estava habituado a ver na televisão, jogos com grandes ambientes, e chegar aqui… Ao vivo é completamente diferente. Dá ainda mais gosto e prazer jogar nestes ambientes. Mesmo quando há ambientes acesos, é muito bom em termos de desafio.

Consegue explicar por que há esse ambiente em Inglaterra, enquanto em Portugal vemos tantos estádios vazios?

Acredito que tenha a ver também um pouco com a cultura. As condições económicas também podem ter alguma influência. Em Portugal, faltam campanhas para promover o futebol, para chamar gente ao estádio. A questão da segurança também influencia um bocado, porque as pessoas, especialmente nos jogos mais perigosos, se calhar não sentem tanta segurança em levar a família inteira. Os horários, de vez em quando, também não ajudam. Há vários aspetos que deviam ser melhorados. Mas, por outro lado, Inglaterra sempre foi o país do futebol. Aqui têm aquela cultura de, ao fim de semana, ir a família toda ver o jogo, seja em casa ou fora. Vêem-se os adeptos misturados, mesmo quando jogamos fora, no convívio. Isso também é importante.

Houve algum estádio que o tenha marcado mais até agora?

Gostei muito do estádio do United, Old Trafford. É um estádio mítico, ainda por cima foi onde fiz o meu primeiro jogo no ano passado. Gostei muito do estádio do Newcastle também. É um estádio bastante grande, e, sinceramente, não estava à espera. Gostei do ambiente, da história… Gostei de Wembley, por ser um estádio muito grande.

E esse ambiente não cria também alguma pressão?

Em termos daquele desafio ou daquela adversidade, ainda dá mais motivação para jogar. Dá aquele friozinho na barriga antes de se ouvir o apito inicial, mas depois começa o jogo, são 11 contra 11 e, lá está, é o jogo.

Numa entrevista recente, disse que Hazard era impossível de parar. Agora que ele já não está em Inglaterra, quem são os adversários que mais podem causar dores de cabeça?

vários… Temos o Sterling no lado esquerdo, e depois no lado direito há o Bernardo. São jogadores muito bons, que fazem a diferença e podem resolver jogos. Há o Mané, também, que é muito bom, e este ano veio o Pépé, que acredito, pelo que vi, que também é muito bom jogador. Há também outros menos mediáticos, como o Zaha, do Crystal Palace, que tem muita qualidade. Outro jogador que acho que é subvalorizado, e que gostei muito, foi o Son, do Tottenham. É um grande jogador, joga bem com os dois pés e não se pode dar um bocado de espaço que faz logo a diferença.

Notícias ao MinutoRicardo Pereira em ação contra Diogo Jota do Wolverhampton© ReutersA mentalidade fez com que eu e outros jogadores tivessem que sair para ter a oportunidade que não houve em Portugal

Como tem sido a relação com os adeptos do Leicester City?

Muito boa. O estádio está sempre cheio, estão sempre a apoiar. Felizmente, as coisas têm corrido bem, o que também ajuda. Nos jogos fora, também estão sempre a cantar. É um público bastante bom.

Foi eleito jogador do ano, quer pelos adeptos, quer pelos companheiros de equipa. Esperava ter um impacto tão grande tão cedo?

Esperar, espero sempre. Esperamos sempre coisas boas, mas, no lado mais realista, sabia que ia ser complicado, que há jogadores que precisam sempre de um tempo de adaptação. Alguns até precisam de um ano. Por isso, fico contente por as coisas me terem corrido bem. Apesar de ter sido complicado no início, as coisas foram, pouco a pouco, correndo bem. Receber esse prémio no final da época foi um orgulho. É um prémio pelo trabalho desenvolvido, não só este ano, mas também por aquilo que está para trás.

Foi mais complicada a adaptação ao futebol ou ao país?

Foi mais ao futebol. Por muito que uma pessoa veja o campeonato, vê como adepto e não tanto nos termos técnicos. Há muitas transições. Em Portugal, o jogo é um bocado mais pausado. Aqui, há mais transições. Recuperas a bola e partes para o contra-ataque, depois a seguir levas com outro contra-ataque… É um jogo mais físico, e a qualidade é superior à do campeonato português.

Não tem, então, motivos para se arrepender de ter saído do FC Porto.

Não, não. A única questão foi ter saído do meu país, do meu clube, da minha cidade… É a única coisa que deixa saudades. Em termos futebolísticos, não tenho nenhum arrependimento, graças a Deus.

Antes de se afirmar no FC Porto, esteve dois anos em França. Na altura, não se percebia bem como é que alguém que fazia o que fazia não tinha espaço em Portugal. Por que é que acha que, em Portugal, os jovens jogadores têm de fazer esta ‘travessia no deserto’?

Acho que, de há uns tempos para cá, as coisas mudaram um pouco a nível de mentalidade. Penso que já se dá um bocado mais de valor ao jogador português, ao jogador jovem e ao jogador formado no clube. Ainda se deve fazer mais, dar mais valor e oportunidades aos jogadores portugueses. O jogador português tem qualidade, só precisa de confiança para se mostrar. Precisa de tempo e um bocado de paciência, porque, mais tarde ou mais cedo, a qualidade vai aparecer. Em Portugal não se davam tantas oportunidades, preferia-se o jogador estrangeiro. Se fosse um jovem jogador estrangeiro, era um craque e uma jovem promessa. Se fosse um jogador português com qualidade, ainda estava verde ou precisava de ganhar maturidade. Essa mentalidade fez com que eu e outros jogadores tivéssemos que sair para ter a oportunidade que não houve em Portugal.

Mas essa ideia já começa a desaparecer?

Não muito… Já mudou, está melhor, mas penso que essa ideia ainda não saiu da cultura do futebol português.

Notícias ao MinutoRicardo Pereira com a camisola do FC Porto© Global ImagensFoi um sonho tornado realidade poder jogar no estádio do Dragão

Que balanço faz da passagem pelo FC Porto?

Foi muito bom ter tido a oportunidade num clube tão grande como o FC Porto, o meu clube desde pequeno… Foi um sonho tornado realidade poder jogar no estádio do Dragão, poder vestir as cores do FC Porto, ter a oportunidade de jogar competições europeias e ganhar títulos. Foi uma experiência muito boa e positiva. No primeiro ano não joguei tanto, mas tive uma grande aprendizagem, com jogadores de classe mundial. Mesmo nos treinos, isso ajuda a crescer. A última época foi perfeita, por jogar regularmente, por ser campeão, por mostrar as minhas qualidades e por ver esse trabalho recompensado no final.

Quando voltou de França, esperava afirmar-se tão rapidamente e sair logo para a Premier League?

Não pensava muito a longo prazo. Pensava em voltar a jogar regularmente e em poder assumir-me como titular no FC Porto. Claro que tinha objetivos de fazer melhor e, se possível, continuar a progredir em termos de carreira, mas não pensava no futuro a longo prazo.

Na altura saiu por 22 milhões de euros. É uma pechincha se tivermos em conta que, por exemplo, o Manchester United contratou o Wan-Bissaka por 55 milhões…

São valores anormais, se tivermos em conta como as coisas eram há alguns anos atrás. Mas pronto, é a evolução do futebol, há mais dinheiro e poder de compra. São os preços do dia de hoje e vamo-nos habituando a esse tipo de transações.

Este ano, se calhar, já valia o dobro…

Se calhar [risos]. Mas lá está, também depende das questões dos contratos. Eu também só tinha mais um ano de contrato e a minha cláusula era de 25 milhões. Se calhar, se o meu contrato fosse outro ou se tivesse outra cláusula, não teria saído por esses valores. Mas lá está, são ‘ses’.

Durante o verão falou-se muito do interesse de Manchester United e Tottenham em Bruno Fernandes. O futebol inglês seria adequado para ele?

Sim, sem dúvida. Não lhe falta qualidade, está à vista de todos. Fez uma época excecional e vir para um campeonato como este, com bons jogadores à volta, ia ser muito benéfico para ele. Acredito que, mais tarde ou mais cedo, isso venha a acontecer.

Notícias ao MinutoRicardo Pereira em duelo com Luis Suárez, do Uruguai, no Mundial'2018© Getty Images

Seleção? Há aquela esperança de ir e depois não ir, saber que podia estar entre os escolhidos…

Joga a lateral, a extremo… Onde sente que o Ricardo Pereira rende mais?

Neste momento, a lateral.

Acha que, se tivesse continuado a extremo, o impacto seria o mesmo?

É sempre complicado ver-se por esse lado. Se calhar, se tivesse continuado a extremo, não tinha tido tantas oportunidades e poderia complicar o meu desenvolvimento. Ao vir para lateral, a jogar regularmente, e não havendo tanta concorrência, isso foi benéfico para mim. Se calhar, se tivesse continuado a extremo, as coisas não teriam sido tão rápidas como foram.

Quem foi o primeiro treinador a puxá-lo para lateral?

Foi o Rui Vitória. Cheguei a jogar pelo Vitória a lateral umas quatro ou cinco vezes, mas sempre durante o jogo, quando já estávamos a perder, e ele tirava o extremo e baixava-me para lateral. Chegou a haver um jogo, com o Estoril, fora, em que o Alex foi expulso aos dez minutos de jogo, e eu baixo para lateral e faço o jogo todo aí.

O Jamie Carragher dizia que ninguém quer ser um Gary Neville. Alguma vez se imaginou neste papel?

Na altura não… Na altura queria jogar, desse por onde desse, mas ao início se calhar não estava tão à vontade ou não achava tanta ‘piada’ jogar a lateral. Mas à medida que as coisas foram correndo, fui-me habituando à posição.

Ainda na última semana o Sérgio Conceição falou sobre a importância de os jogadores conhecerem as especificidades de todas as posições. Acaba por ser um dos seus pontos fortes.

Sim, claro. Perceber o porquê daquilo que se faz, entender o jogo e aquilo que é preciso em cada posição. É uma questão de inteligência em relação ao futebol, para perceber, não só o que nós fazemos, como também aquilo que os colegas fazem. É preciso, claro, tempo para perceber. Uma coisa é a teoria, outra é a prática, mas tem toda a razão no que diz.

Um jogador que faz tantas posições e tão bem não justificaria uma maior regularidade nas chamadas à seleção?

Isso depende das opiniões… Claro que gostava que isso acontecesse mais regularmente. Tenho qualidade para isso, mas também há outros jogadores com qualidade, que têm feito boas carreiras. Depende tudo das escolhas do treinador, e há que respeitar. O que me posso focar é no que controlo, nos treinos e nos jogos aqui no Leicester.

Alguma vez se sentiu injustiçado por não ser chamado?

Sim, isso já aconteceu. Há aquela esperança de ir e depois não ir, saber que podia estar entre os escolhidos… Mas é uma coisa a que uma pessoa se vai habituando e percebendo que faz parte do futebol. O que é injusto para uma pessoa é justo para outras. É seguir em frente, o importante é continuar o caminho e acreditar no que se faz.

Acredita que vai estar no Euro?

Sim, tenho essa esperança. Não é o meu foco principal, o que quero é jogar bem todas as semanas e que a minha equipa seja bem sucedida. Depois, se for escolhido e se o treinador assim o entender, claro que sim. Espero estar lá, mas vamos ver, ainda falta muito tempo. Não vamos colocar a carroça à frente dos bois.

Notícias ao MinutoRicardo Pereira ao lado de Bernardo Silva no banco da seleção nacional© Getty Images

Conhecendo o Bernardo, vejo que aquilo não tem maldade nenhuma

O calendário tem sido complicado, mas, até aqui, ainda só perderam em Old Trafford. Esperava um início de época tão bom?

Temos sempre pensamento positivo e acreditamos que as coisas vão correr bem. Aqui, todos os jogos são difíceis. Já no ano passado tivemos vários jogos com equipas teoricamente mais fracas em casa e perdemos, e outros com equipas grandes e ganhámos. Temos que encarar todos os jogos da mesma maneira e ganhar os três pontos. Todos os pontos são importantes no final.

Ir à Europa é um dos objetivos?

Sim, sim. O objetivo traçado é intrometer-nos entre os seis primeiros, sabendo que há muita competitividade, com várias equipas que se reforçaram bem e fizeram boas épocas. É para isso que trabalhamos, vamos ver onde chegamos.

Tem-se falado bastante em Inglaterra desta questão do Bernardo Silva com o Mendy… Qual é a sua opinião?

Conhecendo o Bernardo, vejo que aquilo não tem maldade nenhuma. Acredito que possa ser mal interpretado, mas tenho a certeza que não fez isso com maldade. É uma pessoa brincalhona, que gosta de brincar com os amigos. Tenho a certeza de que não há intenção nenhuma. Toda a gente sabe da amizade entre eles os dois, que gostam de brincar. Foi tirado um bocado do contexto, não foi isso que aconteceu.

Mas o racismo é algo de que se tem falado muito em Inglaterra. Já houve casos envolvendo Pogba, Rashford…

Nunca experenciei isso aqui, mas não é a primeira vez que se fala disso. É uma coisa que já deveria estar fora de contexto, é uma coisa que já não se usa, é dos tempos antigos. Nos dias de hoje, já não deveria existir, mas espero que as coisas melhorem pouco a pouco e que deixe de acontecer.

O panorama é semelhante ao português?

Sinceramente, não notei diferenças. Em Portugal, pelo menos quando lá estava, não me lembro de ouvir nada do género. Este ano, já ouvi os casos do Pogba e do Rashford, mas não noto diferenças.

Claro que tenho na cabeça regressar a Portugal

Continua a seguir o futebol português?

Sim, claro que sim. Sempre que posso, vejo os jogos.

Como tem visto este arranque de temporada do FC Porto?

Não começaram bem, perderam o primeiro jogo do campeonato, mas conseguiram mostrar toda a qualidade. Não desistem, acreditam no trabalho deles, e dar a volta, assim, por cima, para agora estar numa maré tão positiva, é muito bom. Espero que continuem assim.

O Benfica é o principal candidato ao título?

São os dois. Neste momento, estão em igualdade. Têm bons plantéis, com bons treinadores e estão em pé de igualdade.

Custa-lhe ver toda esta indefinição no Sporting, um clube que também conhece bem?

Claro, é um clube grande. Estão a passar por momentos complicados, com falta de estabilidade. O principal foco do Sporting é a estabilidade, para dar condições aos jogadores de mostrarem qualidade e a grandeza do clube.

O Vitória SC também teve um bom arranque de época. Ivo Vieira tem surpreendido?

Não, ele já tinha feito um bom trabalho no Moreirense. O Vitória, em termos de contratações, fez um bom trabalho. Tem um plantel muito equilibrado, com muita qualidade. Não só os onze que têm jogado, mas também há vários jogadores que podem ser titulares, têm qualidade para isso. Tenho gostado muito das prestações da equipa.

E regressar a Portugal, está nos planos?

Sim, claro que tenho isso na cabeça. Não se pode prever o futuro, mas está nos meus planos.

Pensa noutros voos além do Leicester City?

Isso está sempre presente, uma pessoa quer sempre continuar a melhorar e jogar nos melhores clubes e nas melhores competições. Claro que o presente é o Leicester, quero tentar fazer uma outra boa época, melhor do que a anterior. Mas claro que se pensa sempre em dar o salto e fazer melhor do que o passado, tanto no atual clube, como, quem sabe no futuro, noutro. 

Já jogou em Portugal, França e Inglaterra. Há algum outro campeonato que gostasse de experimentar?

Tenho curiosidade pelo espanhol, por ser um campeonato bastante competitivo, com boas equipas e bons jogadores. Mas estou bastante contente com o campeonato inglês e com a espetacularidade de tudo em torno do futebol.

E jogar em países como Estados Unidos ou China, é algo que poderá acontecer?

Neste momento, não vejo isso acontecer. Os Estados Unidos, se calhar… Nunca posso dizer nunca, mas não me vejo a jogar na China, sinceramente. Entre os dois, mais Estados Unidos do que China. Mas quem sabe [risos].

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