Quem não marca, arrisca-se a… perder. Foi precisamente isso que aconteceu na tarde dedomingo em Alvalade. Depois de estar em desvantagem – Marega marcou aos 6 minutos -, o Sporting conseguiu chegar ao empate antes do intervalo, por intermédio de Acuña, e entrou muito forte no segundo tempo. Seguiram-se oportunidades atrás de oportunidades: uma, duas, três e golos nêm vê-los para o conjunto de Silas.
O FC Porto acabou por ter a eficácia que o adversário não foi capaz de ter e saiu de Alvalade com os três pontos. Soares marcou após um canto de Alex Telles e permitiu aos dragões manter a distância de quatro pontos para o líder do campeonato, o Benfica. Já o Sporting está a 16 pontos das águias e perdeu o 3.º lugar para o Famalicão.
Figura: Este foi um jogo decidido nos detalhes e um dos mais importantes foi, está claro, o golo que valeu a vitória e os três pontos ao FC Porto. Soares foi letal, não desperdiçou o passe de Alex Telles e fez o segundo dos dragões. Não esteve muito ativo no encontro – nem sempre teve muita bola, diga-se -, mas fez aquilo que se pede a um avançado. Uma oportunidade, um golo.
Desilusão: Sabe onde andou Wendel? Pois, nós também não. Pedia-se mais ao médio criativo dos leões, que quase pareceu não estar em campo. Nas ações ofensivas pouco se deu por ele, e em tarefas defensivas facilitou na pressão ao portador da bola. Um jogo muito apagado.
Surpresa: Acuña foi sem dúvida o elemento em maior destaque na equipa do Sporting. Acaba por não ser a figura, porque a sua equipa saiu derrotada em Alvalade, e também porque muitos dos seus passes ou cruzamentos não foram finalizados da melhor maneira. Uma verdadeira locomotiva no flanco esquerdo leonino, sempre pronto a fazer estragos à defensiva do FC Porto. Exibição coroada com um golo em que foi recuperar a bola, foi sprintar e ainda foi receber o passe de Vietto antes de fuzilar Marchesín.
Silas: Havia a dúvida entre os dois ou três centrais no sistema tático do Sporting. Apesar do golo sofrido logo aos seis minutos após uma desatenção da defesa, Silas optou bem e a sua equipa esteve quase sempre por cima do jogo. O Sporting pressionou alto e dominou quase sempre o meio campo. No segundo tempo, a entrada em jogo foi fortísima, mas há que limar arestas no treino da finalização.
Sérgio Conceição: Foram poucas as alturas em que o FC Porto foi taticamente superior ao Sporting. No entanto, a substituição de Luis Díaz por Nakajima surgiu na altura certa. O colombiano jogou sobre a esquerda, Marega foi colocado à direita para limitar as subidas do Acuña e no centro Otávio ajudou na pressão ao meio. O jogo mudou a partir daí e o Sporting deixou de construír como vinha a construir até aí.
Jorge Sousa: Foi um jogo com poucos casos, mas na generalidade o árbitro esteve à altura do Clássico. Ficou a dúvida se haveria falta na área portista de Alex Telles sobre Bolasie.