"Não vai haver público e os clubes da I Liga oferecem todas as condições de organização interna para poderem assegurar a segurança dos seus técnicos e profissionais. Estamos a falar de uma população, quer pela faixa etária, quer pela sua condição de saúde, tem um baixo risco. Todos têm interesse, mais do que todos nós, em preservar a sua própria saúde", disse, em entrevista ao Porto Canal.
A I Liga, liderada pelo FC Porto com um ponto de vantagem sobre o campeão Benfica, foi suspensa em 12 de março devido à pandemia da covid-19.
António Costa explicou que a Direção-Geral da Saúde ainda não validou por completo o protocolo sanitário que permite o retomar da I Liga, mas que tal deve acontecer em breve.
"Está a ser negociado um protocolo sanitário, que ou foi hoje concluído ou que será nos próximos dias. Ontem [quinta-feira] ainda não estava concluído, a Direção-Geral da Saúde ainda não validou a 100% o protocolo sanitário, o que pode ter acontecido durante a tarde e eu não ter dado conta disso ainda", salientou.
O primeiro-ministro referiu que todos estão a trabalhar e que vão ser encontradas "normas de segurança para que a atividade possa decorrer".
"Os jogadores temem e os técnicos temem, serão os primeiros a tomar as cautelas necessárias para não se deixarem contaminar. Se alguém tiver a equipa toda infetada vão perder o jogo por falta de comparência. Todos temos de trabalhar com responsabilidade", acrescentou.
António Costa revelou ainda que a ministra da Saúde, Marta Temido, já falou com o seu homologo da Alemanha, que vai retomar a Liga de futebol mais cedo que Portugal, para perceber as normas que estão a aplicar.
"É importante que a época desportiva se possa concluir", defendeu.
Sobre a presença dos presidentes de Benfica, FC Porto e Sporting juntos numa reunião com o Governo, o primeiro-ministro revelou que gostou de ver: "É um excelente exemplo que quando toca a rebate todos se unem para responder ao que é essencial".
Com o fim do estado de emergência no dia 3 de maio, o Governo autorizou o regresso dos jogos à porta fechada na I Liga, no fim de semana de 30 e 31 de maio, numa decisão que, no entanto, está dependente de aprovação da Direção-Geral da Saúde (DGS).