Está aberta a 'guerra' entre Mario Balotelli e Brescia. As duas partes começaram a distanciar-se com as repetidas ausências do avançado no regresso aos treinos, e ganham, agora, um novo episódio, com o clube a recusar pagar o ordenado referente ao mês março.
Em declarações prestadas, esta sexta-feira, ao jornal italiano Gazzetta dello Sport, Mattia Grassani, advogado do presidente do conjunto biancoazzurri, Massimo Cellino, não poupou nas críticas dirigidas à atitude do avançado de 29 anos.
"Penso que Mario Balotelli é o único jogador europeu militante ao máximo nível que teve a ousadia de colocar o próprio clube em falência, à margem do Acordo Coletivo, para obter o pagamento integral do ordenado de março, em pleno período de coronavírus e com a atividade desportiva completamente suspensa", atirou.
"O Brescia já perdeu a conta aos avisos enviados pelo jogador sempre em horas noturnas, lamentando a alegada impossibilidade de treinar e/ou atitudes discriminatórias que lhe são dirigidas. Nos últimos dez dias, enviou três, entre as 20h e as 23h30, o último deles na quarta-feira, quando os escritórios do clube estavam, obviamente, fechados", prosseguiu.
Uma atitude que não agradou ao empresário de Mario Balotelli, Mino Raiola, que respondeu em igual 'moeda': "Grassani é o novo assessor de imprensa do Brescia? Parece-me que quer resolver os processos nos jornais, e não nos tribunais. Mas a verdade virá ao de cima. Direi ao Mario para escrever os mails ao senhor Grassani de manhã".
"O problema é que o Brescia só o deixa treinar às 19h. É normal que escreva os mails depois das 20h, quando regressa a casa e se apercebe que o estão a descriminar. No entanto, não sabia que o Brescia ainda não lhe tinha pago mês de março, e, sinceramente, parece-me normal que alguém peça um ordenado após três meses sem receber", lamentou.