Mergulhado numa crise de resultados, o Benfica voltou, na passada quarta-feira, a marcar passo, ao empatar a duas bolas na visita ao Portimonense, e viu o FC Porto 'escapar' para a liderança isolada do campeonato nacional, com dois pontos de vantagem.
Hélder Cristóvão, antigo capitão do clube da Luz com passagem pela equipa técnica dos 'bês', considera que o problema passa, não só por alguma "falta de confiança", como também de "liderança da parte dos jogadores".
"Vê-se em alguns momentos de jogo que falta quem una a equipa lá dentro, que meta gelo, serene as coisas. E quando a equipa começa a sentir-se pressionada em termos de jogo começa a cometer muitos erros", afirmou, em declarações prestadas ao jornal A Bola.
No entanto, sublinha o ex-internacional português, o problema "não é de agora, já vem de há dez jogos ou mais": "O Benfica tentou substituir jogadores para o que quer fazer e nunca teve ideia bem definida do que quer fazer".
"Cada jogador tem o seu perfil e identidade e desde o princípio, com o Raul de Tomas, por exemplo, o Benfica tentou fazer cópias de jogadores e não conseguiu. E é isso que vejo de fora, falta identidade coletiva", analisou, deixando um apelo a Bruno Lage.
"Nesta fase não é importante jogar bem, é importante ganhar, e o Benfica tinha tudo para ter ganho. Se for para fechar, jogar feio, que seja, mas tinha de ter feito algo diferente para ganhar estes três pontos. Não é altura para olhar a exibições", concluiu.
