A revista France Football publica, esta terça-feira, uma extensa entrevista com Carlo Ancelotti, na qual o técnico do Everton 'abre o livro' quanto à faceta mais emocional da carreira de um treinador.
O italiano de 61 anos assume que, apesar de não ter um coração tão 'mole' quanto antes, continua a sentir "muito as emoções", especialmente quando se vê obrigado a comunicar decisões mais complicadas aos jogadores.
"Houve até um período em que chorava bastante. Nomeadamente quando tinha que dizer a um jogador que não ia jogar. Fico triste quando os deixo tristes. Digo-lhes sempre 'Fico triste por anunciar que não vai jogar'", afirmou.
"Não sei se acreditam ou não, mas é a verdade. Não estou a brincar. Para mim, é a parte mais difícil do meu trabalho. Dizer a alguém que se esforça todos os dias, que merece jogar, que é sério no dia-a-dia, que o vamos deixar de parte. Não podem saber o quanto me custa", concluiu.