Aos 18 anos, Talles Magno é já tido como uma das maiores promessas do futebol brasileiro, e os desempenhos assinados ao serviço do Vasco da Gama já despertaram o interesse de diversos clubes um pouco por toda a Europa.
Entre eles estão Sporting (que tem direito de opção, obtido aquando das negociações por Bruno César) e Benfica, mas, em entrevista exclusiva ao Desporto ao Minuto, Leven Siano defende que é ainda demasiado cedo para abrir mão do avançado.
"O Talles é um jogador que ainda precisa de desenvolver melhor o seu futebol. Precisa de um trabalho de fisiologia forte, que hoje não existe no Vasco", começou por dizer o advogado, que aguarda a palavra final da Justiça para saber se será o novo presidente do clube.
"Vamos trazer o melhor fisiologista do futebol brasileiro, o Alex Evangelista, que já trabalhou na seleção brasileira e no Japão. É um grande profissional. É preciso dar mais força física ao Talles e desenvolver melhor o grande talento que todos sabem que ele tem. Vamos investir no nosso ativo para que, caso ele venha a ser vendido no futuro, seja numa condição muito melhor do que a atual", prosseguiu.
O advogado não descarta, no entanto, um eventual negócio num futuro próximo: "Temos que chegar, analisar e conversar com o treinador e com toda a equipa. Acho o Talles um jogador muito jovem. Tem muito a desenvolver e muito a dar aos adeptos do Vasco. Talvez seja um pouco prematuro avaliar se é momento para o vender. Mas tudo o que seja bom para que o Vasco melhore, tomaremos decisões nesse sentido".
Mudança de paradigma à vista
Esta é, de resto, uma filosofia que Leven Siano pretende implementar no Vasco, clube que, na opinião do advogado, tem "vendido mal, no momento errado, de forma prematura e com valores muito abaixo do mercado". Nesse sentido, promete criar "condições para manter os talentos durante mais tempo, para que amadureçam na vida desportiva e profissional, e para que, no momento da venda, saiam por aquilo que valem".
"Recentemente, desfizemo-nos, por exemplo, do Marrony, que é um jogador que tinha muito potencial, mas que vendemos ao Atlético Mineiro por um valor muito abaixo daquilo que poderia valer caso se desenvolvesse. Há vários exemplos, desde o Philippe Coutinho até ao Marrony, de grandes jogadores que o Vasco produz e que não consegue segurar durante mais tempo, o que permitiria que fossem mais valorizados no mercado", rematou.
[Notícia atualizada às 13h19 de 1 de dezembro]