O FC Porto conseguiu vencer o Tondela (4-3), na noite de sábado, em jogo da 9.ª jornada da I Liga. A tarefa dos dragões adivinhava-se menos complicada do que aquilo que realmente foi e o golo madrugador de Zaidu até parecia ser sinal de um jogo tranquilo.
No entanto, nada disso se verificou. O Tondela conseguiu dar a volta, o FC Porto empatou, voltou à dianteira do marcador, mas os beirões conseguiram causar mais problemas numa noite com sete golos no Estádio do Dragão.
Marega e Mario González travaram um duelo de goleadores, mas há mais protagonistas a ter em conta. Vamos a eles.
Ah, e tão ou mais importante, com este triunfo os dragões reduziram a desvantagem para quatro a vantagem pontual face ao rival Sporting.
A figura
Marega tem estado longe dos números de outras temporadas, mas foi o avançado maliano rosto da revolta do FC Porto. Ao contrário do que muitas vezes acontece, Marega foi muito eficaz e não perdoou quando teve oportunidades de marcar. Marcou o primeiro golo antes do intervalo, numa altura em que o FC Porto estava a perder e voltou a fazer o gosto ao pé no início da segunda parte. Decisivo.
A surpresa
Mario González provou ser um jogador muito interessante e capaz de ser letal. O avançado espanhol não dispôs de muitas oportunidades, mas conseguiu marcar por duas vezes no Dragão, um feito ao alcance de poucos. No primeiro lance teve sangue frio para bater Marchesín e no segundo conseguiu antecipar-se aos defesas portistas.
Nota para mais um dado interessante deste avançado espanhol. Foi apenas o terceiro jogo ao serviço do Tondela, o primeiro em que alinhou os 90 minutos. E já leva três golos. Desconcertante.
A desilusão
Sarr ficou mal na fotografia dos três golos sofridos pelo FC Porto. O defesa emprestado pelo Chelsea foi presa fácil para Mario González e companhia e poderá ter perdido um lugar no onze. Noite para esquecer. Desastrado.
Sérgio Conceição
Na antevisão da partida, o treinador do FC Porto tinha afirmado que preferia ganhar 1-0 do que 4-3. Ora, o Tondela não foi em cantigas e conseguiu marcar três golos. Conceição tentou gerir a condição física de Corona, mas acabou por meter o jogador mexicano no decorrer da segunda parte. As substituições operadas ao longo do jogo não surtiram os efeitos desejados.
Pako Ayestarán
Total mérito pela forma matreira como o Tondela alinhou no Dragão. Com um bloco baixo, mas de olho no contra ataque, os beirões foram muito eficazes e conseguiram marcar três golos num terreno bastante complicado para qualquer equipa. Abordagem ambiciosa e corajosa por parte do treinador espanhol.
O árbitro
Tiago Martins teve uma noite trabalhosa mas sem grandes casos, mas ainda teve que mostrar um cartão vermelho já perto do apito final. Uribe já tinha um cartão amarelo, viu o segundo e recebeu ordem de expulsão. Manteve o critério.