Ottavio Bianchi orientou Diego Armando Maradona no Napoli, entre 1985 e 1989, e recordou, este domingo, aquele que assume ter sido "o melhor jogador" com quem alguma vez trabalhou ao longo da carreira.
O ex-treinador italiano lamenta, no entanto, o facto de ter existido "um Diego, humano, e um Maradona, personagem, que eram completamente distintos": "Era um rapaz maravilhoso, mas com pressões mundiais, e isso dificultou-lhe a vida".
"Fiz tudo o que pude para ajudá-lo, mas não consegui. O Diego estava rodeado de gente má, ninguém queria, verdadeiramente, ajudá-lo. Ninguém foi capaz de dizer-lhe: 'Não, Diego, isso não'", afirmou, citado pelo jornal Mundo Deportivo.
"Ele não queria treinar de manhã porque gostava de falar até altas horas da noite. Mas, quando dizem que o Diego não treinava, é mentira. Ele era um apaixonado pelo futebol. O pior castigo que podiam dar-lhe era deixá-lo sem treinar", completou.