A imprensa argentina revelou nas últimas horas novas mensagens trocadas entre a equipa médica que assistia Diego Armando Maradona, as quais dão conta de que o estado de saúde de El Pibe não era o melhor.
O jornalista Raúl Kollman, da publicação argentina Página12, revelou algumas das mensagens trocadas entre o neurocirurgião Leopoldo Luque, a psiquiatra Agustina Cosachov e o psicólogo Carlos Díaz, isto depois dos tribunais terem autorizado o acesso aos telefones destes três profissionais de saúde para ajudar nas investigações.
"Demência alcoólica" e "O que se vislumbra em Diego é o Parkinson", pode ler-se na troca de mensagens entre os profissionais de saúde. Os três cuidadores pediram ainda que Maradona ficasse em casa "com ambulância de alta complexidade, enfermeira 24 horas, médico clínico, toxicologista e neurologista”, o que acabou por acontecer apenas na casa de Tigre, na Argentina, onde Maradona passou os últimos dias.
Entre tantas mensagens, no dia 29 de outubro, véspera de seu aniversário, ficou registado: "O seu aniversário está a chegar. Temos que reduzir a medicação para que ele esteja apresentável".
O jornalista prossegue afirmando que, no dia 2 de novembro, quando Diego foi internado por culpa de um edema subdural, a equipa médica que seguia Maradona tentou encobrir o verdadeiro estado de saúde do ex-jogador.
Assim que recebeu alta, apesar de não ter sido recomendado pelos médicos, uma série de mensagens preocupantes entre os três revelou que a depressão de Maradona começou a ser notória. "Ou perdemos o nosso registo e vamos presos, ou seremos semideuses", uma vez que viram que suas decisões não eram corretas.
De acordo com reportagem do jornal Página12 , entre os dias 20 e 25 de novembro, data da morte de Maradona, houve poucas trocas e nenhum profissional visitou Maradona. “Está muito inchado”, “está a dormir há dois dias” e “não consegue urinar” foram algumas das mensagens.
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