O ex-técnico do Marselha vai este domingo participar no Rali de Vieira do Minho, prova do campeonato regional da modalidade, ao volante de um Citroen C3, e hoje esteve a fazer os derradeiros ajustes no veículo.
"Temos poucos quilómetros de prática neste carro e ainda cometemos alguns erros, mas vamos para nos divertirmos. Felizmente, conheço bem os troços, mas o resto da 'malta' anda muito rápido e vai ser complicado", confessou, sorridente, à agência Lusa.
Apesar de ser a estreia numa prova de ralis, André Villas-Boas já acumula alguma experiência em provas de todo terreno em Portugal e no estrangeiro, nomeadamente com uma participação no Dakar de 2018.
"Este carro de rali é muito diferente do SSV [tipo de veículo todo-o-terreno] que estava habituado e onde já conseguiu resultados interessantes. É mais rápido, com uma potência fora do normal, que ao início até assusta. Vamos ver como serão as sensações. Estou empolgado", confessou o treinador.
Apesar da sua vida profissional estar ligada ao futebol, o treinador reconhece um "brilho nos olhos" quando tem a oportunidade de se envolver nas competições automóveis, garantindo que não consegue "desligar o chip" da competitividade.
"O futebol é a minha profissão, com outro tipo de pressão e expectativas, mas os automóveis são uma paixão. Vamos um pouco para brincar, mas o meu espírito competitivo faz-me sempre abusar na velocidade e mostrar pouco carinho pelo carro [risos]", confessou André Villas Boas.
Além de dar azo a este gosto pelos automóveis, o técnico vai também aproveitar a oportunidade para promover o movimento por ele fundado 'Race for Good', que em parceira com empresa 'Sports & You', procura utilizar o desporto motorizado como plataforma de comunicação e promoção de ações de cariz social e humanitário.
Neste rali de Vieira do Minho, o veículo pilotado por André Villas-Boas será decorado com as cores da Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental (APPACDM) do Porto, de forma a promover o trabalho da instituição e sensibilizar as pessoas para as dificuldades e desafios que estão inerentes à vida do cidadão deficiente.
"Sou embaixador de algumas causas sociais, e este movimento ['Race for Good'] é uma forma de as divulgar. Esperamos torná-lo numa instituição de solidariedade social e já estamos a trabalhar nisso. Queremos dar-lhe uma dimensão internacional. A promoção ao fantástico trabalho da APPACDM, que sigo desde jovem, é uma premissa essencial para mim", partilhou o treinador.