A Superliga Europeia não é só uma questão para os intervenientes do futebol, mas que também já abrange o espectro político.
Na noite desta segunda-feira também surgiu a reação do primeiro-ministro António Costa que se mostrou contra a criação da Superliga Europa, condenando de forma "veemente" a realização desta competição.
"A proposta de uma competição de futebol no espaço Europeu organizada fora das instituições representativas do setor, nomeadamente as Ligas, as Federações e a UEFA tem de ser recusada sem nenhuma hesitação", começou por dizer o chefe do Governo na sua página do Twitter.
"Como primeiro-Ministro de Portugal coloco-me ao lado das instituições desportivas nacionais e internacionais que recusam de forma veemente, aceitar que tal competição aconteça. Os princípios da solidariedade, da valorização do resultado desportivo e do mérito não podem estar à venda", complementou António Costa.
A criação de uma Superliga europeia de futebol foi no domingo anunciada, em comunicado, por 12 dos principais clubes de Espanha, Inglaterra e Itália, que pretendem desenvolver uma competição de elite, concorrente da Liga dos Campeões, em oposição à UEFA.
AC Milan, Arsenal, Atlético de Madrid, Chelsea, FC Barcelona, Inter de Milão, Juventus, Liverpool, Manchester City, Manchester United, Real Madrid e Tottenham, "uniram-se na qualidade de clubes fundadores" da Superliga, indica o comunicado.
Os promotores da Superliga adiantam que a prova será disputada por 20 clubes, pois, aos 15 fundadores - apesar de terem sido anunciados apenas 12 -, juntar-se-ão mais cinco clubes, qualificados anualmente, com base no desempenho da época anterior.
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