Matheus Nunes ameaça tornar-se um autêntico 'talismã' para o Sporting. O luso-brasileiro foi suplente utilizado na Pedreira, tendo assinado o golo que permitiu ao Sporting derrotar o Sporting de Braga, por 1-0, à imagem do que fez em fevereiro, quando 'abateu' o Benfica, em Alvalade.
O jovem médio já não é titular nas opções de Rúben Amorim há quase dois meses, mas Alexandre Santos, que o orientou na equipa de sub-23 dos leões em 2018/19, destaca a evolução que tem vindo a registar, e diz não ter dúvidas de que irá revelar-se num elemento essencial na corrida pelo título de campeão nacional.
"Ter este tipo de opções é determinante para o sucesso de todas as equipas campeãs ou que andam no topo da classificação como é o caso, neste momento, do Sporting. É preciso ter um onze, e depois é preciso ter jogadores que entram e fazem a diferença, porque, muitas vezes, é nos últimos minutos que se decidem os jogos e se decide um campeão. Isso faz com que o treinador tenha cada vez mais confiança nele, mas também reflete o profissionalismo com que ele encara toda e qualquer decisão do treinador", afirmou, em declarações exclusivas ao Desporto ao Minuto.
O treinador de 44 anos reconhece a Matheus Nunes, "por um lado, uma capacidade de equilíbrio porque é um jogador inteligente, e, por outro, uma capacidade de ser um médio que consegue chegar à frente", e dá mérito a Rúben Amorim, que "tem vindo a exigir caraterísticas diferentes daquelas que ele tinha, até com posicionamentos táticos diferentes".
"Ele revela o profissional que eu tinha plena consciência que é. A ambição que tem é muita, mas também é um jogador que tem os pés no chão e sabe que, mesmo não sendo titular, tem que aproveitar todo e qualquer minuto para fazer o melhor que sabe. Sendo um jogador que consegue entrar tão bem, é sempre uma mais-valia", referiu.
"O Rúben Amorim terá mais dores de cabeça, mas dores de cabeça positivas, que passam por escolher os melhores para entrar no jogo e os melhores para entrar durante o jogo. Nota-se que todos estão preparados para jogar a titular, ficar no banco e não jogar. Estas vitórias vinda de jogadores que entram, ainda por cima em dificuldades grandes como neste jogo, fortalecem ainda mais o espírito de equipa", completou.
"A qualidade do Max permanece e é intocável"
Virando o foco para a receção do Sporting ao Nacional, no próximo sábado, é desde já certo que Antonio Adán irá abandonar a baliza, após ter visto o quinto cartão amarelo da época na I Liga, em Braga, entregando-a a Luís Maximiano, que já não disputa qualquer partida oficial desde o 'adeus' à Taça de Portugal, em janeiro, diante do Marítimo.
Alexandre Santos também conhece bem o jovem guarda-redes, e garante: "A qualidade do Max permanece e é intocável. Ele estará sempre pronto para fazer o jogo que for, até porque pode acontecer, durante o próprio jogo, o Adán ser expulso ou lesionar-se, é para isso que serve o treino. Naturalmente, o Max irá sentir que é importante contribuir com o seu melhor".
"Não me parece que seja uma preocupação. O Max já deu provas da sua qualidade, e, mesmo jogando pouco, vai ser muito apoiado por toda a equipa, o que lhe vai dar esse conforto. Sendo o Adán um guarda-redes tão influente nos resultados do Sporting, pode, à partida, pensar-se que será uma ausência que dará a diferença. Às vezes, é nesses momentos que quem entra consegue contribuir como nunca contribuiu porque não tem tido oportunidades. O Max pode fazer uma grande exibição. Acredito que, estando num plantel como o do Sporting, com os treinadores que o Sporting tem, está, de certeza, preparado", rematou.
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