A junta médica responsável por levar a cabo a investigação aos moldes nos quais se deu a morte de Diego Armando Maradona, em novembro de 2020, entregou, este sábado, às autoridades o relatório final, que aponta responsabilidades diretas à equipa que estava encarregue de vigiar o ex-jogador.
De acordo com o portal argentino Infobae, os primeiros sinais de que El Pibe não estaria bem surgiram nos dias anteriores, quando o corpo começou a inchar e a voz a alterar-se: "Exigia-se no caso de ser advertido, um tratamento adequado com a medicação correta e, provavelmente, decidir um novo internamento num centro de saúde com a complexidade indicada para este paciente".
"Estes sinais foram dados a conhecer ao pessoal médico responsável, que não tomaram qualquer conduta relativamente àquilo que devia ter sido considerado como sinais de alarme", pode ler-se no documento, que aponta culpas a cinco pessoas em concreto, entre elas o responsável pela equipa médica, Leopoldo Luque, e a psicóloga, Agustina Cosachov.
"Cabe assinalar que o desenlace fatídico foi produto de uma evolução progressiva de sintomas relacionados com a insuficiência cardíaca, os quais foram advertidos em reiteradas oportunidades por pessoas que interagiram com Diego Armando Maradona e informaram o corpo médico responsável, não tendo sido ponderados na sua real magnitude", acrescenta.
A junta médica concluiu que Diego Armando Maradona nunca deveria ter sido transportado para casa, uma vez que "a boa prática médica indicava o internamento imediato num instituto de reabilitação psíquica e clínica", pelo que considera que o antigo internacional argentino foi "abandonado à sua sorte".
Os exames levados a cabo ao corpo de El Pibe demonstraram, ainda, que este começou a morrer 12 horas antes do momento em que o seu corpo foi encontrado: "Apresentava sinais inequívocos de período de agonia prolongado, pelo que concluímos que não foi devidamente controlado desde as 3h de 25 de novembro".
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