Portugal e Hungria defrontam-se, nesta terça-feira, em Budapeste, a partir das 17 horas, para o primeiro duelo do Grupo F do Euro'2020.
Fernando Santos e Cristiano Ronaldo fizeram, na tarde desta segunda-feira, a antevisão da partida contra a formação magiar.
Confira abaixo as declarações do selecionador e do capitão da seleção das quinas.
Declarações de Fernando Santos
As estatísticas dão vantagem a Portugal no confronto com a congénere magiar: Eu não olho para estatísticas, eu olho é para os jogos que a Hungria fez com a Islândia, no play-off, com a Polónia, e mais recentemente com a Irlanda. E olho para as declarações do selecionador húngaro. Isso é o que me importa. Eu vejo uma seleção que vai ter um grande apoio do público, e que nos vai obrigar a estar ao nosso nível mais elevado. Dificilmente alguma equipa será melhor ao nível da organização, e terá um apoio do público mais fervoroso, e isso foram coisas ditas pelo selecionador húngaro e que presto muita atenção. Não basta qualidade para vencer jogos. Espero uma Hungria a entrar muito forte e que vai jogar olhos nos olhos com Portugal, procurando jogar em todo o terreno. Eles gostam de jogar a partir de trás, com um meio-campo muito interessante e depois com dois avançados muito fortes.
A escolha do Dalot para substituir o Cancelo deveu-se ao facto de ter estado a competir recentemente nos sub-21? Claro. Não se deveu apenas a isso, afinal falamos também de um jogador de enorme qualidade, e que a tem mostrado. Falamos de um jogador que esteve muito bem nos sub-21 e que tem estardoa competir ao mais elevado nível nos clubes por onde passa, agora, claro que o facto de ter estado a competir há seis dias também ajudou.
Portugal tem mais responsabilidade do que em 2016? Portugal sempre assumiu o desejo de conquistar uma grande competição. Claro que a partir de 2016 tudo mudou. Em 2016, já tinhamos a confiança de chegar a esse objetivo e agora também assumimos a candidatura de alcançar uma vitória em Wembley, como também outras equipas o terão.
Importância de Raphael Guerreiro para a equipa? O importante para mim é o colectivo e não a individualidade. Agora claro que a sua criatividade é importante, mas eu analiso as coisas do ponto de vista do coletivo. Se ganha um, ganhamos todos.
Esperados entre 4 a 5 mil adeptos portugueses. Bem diferente do que se passou em 2016. Que mensagem gostaria de deixar aos portugueses? Em França também tivémos sempre em desvantagem em número, mas fomos sempre melhores. Aqui vamos ter mais de 11 milhões a torcer por nós. Há sempre um português a vibrar por nós. Eu quero dizer a todos os portugueses que nós vamos dar tudo para dar uma alegria aos portugueses.
Rui Patrício, Nelson Semedo, Rúben Dias, Pepe, Raphael Guerreiro, William Carvalho, Rúben Neves, Bruno Fernandes, Bernardo Silva, Jota e Ronaldo. Agradaria-lhe este onze como adepto, como português e como selecionador? [Risos] Percebo a questão, mas não me posso colocar nesse papel.
Declarações de Cristiano Ronaldo
Onde se sente mais confortável a jogar? Sinto-me confortável a jogar na frente, seja na esquerda, na direita, no meio, mais atrás, onde for melhor para a equipa. Aqui o importante é a equipa ganhar, qualquer posição me vai bem.
Presença no quinto Europeu. Como vê este recorde? É um bom recorde, mas melhor recorde seria ganhar dois Europeus de forma consecutiva, isso para mim era um recorde mais bonito. A equipa está bem e tem trabalhado bem desde o dia 27. Estamos preparados. Espero que amanhã entremos com o pé direito, afinal é crucial entrar bem nesta competição.
Como a Covid pode influenciar a Seleção? A concentração não está aí. Foi uma pena o João [Cancelo] ter dado positivo, mas não estamos a pensar nisso. O tema Covid já cansa e não só aos jogadores, mas também à população mundial. Temos de saber viver com isto. A equipa está concentrada e preparada para o jogo. Tudo o que vem de fora não nos diz respeito.
Hungria será melhor ou pior que a que defrontámos em 2016? Isso veremos no final do jogo. Agora temos de estar concentrados exclusivamente em nós. Trabalhámos muito bem nestes 10/12 dias. Se as equipas quiserem ganhar esta competição têm de estar preparadas para todas as circunstâncias.
Tira-lhe o sono não saber ainda onde vai jogar na próxima temporada? Já jogo a alto nível há 18 anos e isso agora nem me faz cócegas. Se tivesse a começar a minha carreira agora talvez não dormisse um pouco à noite, a pensar no meu futuro. Agora, com 36 anos, o que vier vai ser para bom, independentemente de ficar ou não na Juventus. Agora só importa pensar no Europeu e entrar com o pé direito, como se isto fosse o meu primeiro Euro.
A última vez que a seleção entrou a ganhar foi em 2008. O que tem faltado a Portugal no início das competições? Isso não quer dizer nada na minha opinião. É sempre importante entrar a ganhar, porque isso dá moral, agora se me disserem que amanhã entramos a perder e depois ganhamos a competição, óbvio que vou optar por isso. A equipa está preparada física e emocionalmente para fazer uma grande competição. Tenho a certeza que vamos fazer um grande Euro.
Diferenças para a equipa de 2016: Não é a mesma equipa. É uma equipa mais jovem, com um potencial enorme e só a competição nos dirá se somos melhores ou piores que em 2016. A nível pessoal eu não sou o melhor jogador que há 18, há 10 ou há 5 anos. Eu tive de me ir adaptando à realidade que é o futebol nos dias de hoje. As minhas épocas têm sido sempre positivas, porque penso sempre em conquistar objetivos pessoais e colectivos, e tenho conseguido alcança-los, e isso deve-se à minha capacidade de adaptação.
Presença de público nos estádios: Todos os estádios deviam estar sempre lotados. É bonito para quem está no estádio e para quem vê em casa, agora a pandemia tem destruido isso. Agora, por mim, os estádios estavam sempre cheios.
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