O presidente do Barcelona, Joan Laporta, aproveitou, este domingo, a Assembleia Geral do clube para explicar aos sócios a polémica criada em torno da criação da Superliga Europeia, que levou ao abandono de nove dos 12 fundadores.
O líder máximo do emblema catalão voltou a assegurar que, apesar de tudo, "o projeto está vivo", e visou a UEFA: "Não quis aceitar o diálogo e não percebemos os motivos, mas vamos continuar a tentar".
"Temos mais de 122 anos de história, e os nossos sentimentos devem ser respeitados. Não temos que pedir perdão por querermos ser donos do nosso destino no mundo do futebol. E não pagaremos sanções se a justiça nos der razão", atirou, citado pelo jornal espanhol Mundo Deportivo.
"A UEFA disse que não nos deixaria jogar a Liga dos Campeões se não pedíssemos perdão e que teríamos que pagar uma multa, mas o tempo deu-nos razão. A UEFA retirou o processo disciplinar e permitiu-nos jogar a Liga dos Campeões. Gostamos do futebol e acreditamos que está numa situação delicada", acrescentou.
Na mesma intervenção, Joan Laporta 'fez mira' ao Paris Saint-Germain, a propósito da corrida pela contratação de Georginio Wijnaldum: "Que coincidência que um clube-estado, que já sabem qual é, esteja a investir mais do que nunca e tenha oferecido o dobro a um jogador que queremos".
"O que estes clubes-estado fazem é que adultera a competição. Os vossos filhos devem recuperar o interesse pelo futebol. Os jogos atrativos devem interessar-lhes. Veem-nos através dos tablets e dos telefones, mas, com menos audiências, há menos dinheiro de receitas televisivas", rematou.
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