O presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, é um dos quatro detidos no âmbito de uma investigação a alegados crimes de burla qualificada, fraude fiscal e branqueamento.

O líder dos encarnados, que deverá ser ouvido esta quinta-feira pelo juiz Carlos Alexandre, está a braços com a justiça, numa altura crucial no que ao planeamento da época diz respeito, com várias entradas e saídas de jogadores a serem negociadas por estes dias.

Perante esta ausência do líder do clube da Luz, que poderá ser longa dependendo das medidas de coação decretadas no decorrer da tarde de hoje, outros membros da cúpula diretiva terão de assumir as funções.

E o que dizem os estatutos em relação a um impedimento de cumprimento de funções? Segundo os estatutos, o presidente em funções escolhe o responsável na sua ausência. Ao que tudo indica, e segundo a imprensa nacional, Rui Costa vai assumir os destinos do clube enquanto Luís Filipe Vieira estiver impedido de o fazer. Domingos Almeida Lima era o número dois na anterior direção, mas será agora o antigo jogador a assumir as rédeas dos encarnados.

No que toca à SAD do Benfica, o caso muda de figura. O jornal Record sublinha que Vieira não definiu quem poderia assumir o cargo de líder caso houvesse algum impedimento por parte do presidente, estando em cima da mesa três cenários. Rui Costa poderá acumular funções, à semelhança do que acontece com Luís Filipe Vieira, mas Domingos Soares Oliveira, CEO encarnado e responsável pela área das finanças e do mercado de transferências, e José Eduardo Moniz também se posicionam como alternativas. A mesma fonte sublinha que dois destes três dirigentes podem assumir as rédeas da SAD encarnada.

SAD e Direção garantem não ser arguidos

Depois de se conhecer a detenção de Luís Filipe Vieira, quer a SAD, quer a direção do Benfica emitiram comunicados onde garantiram que nenhum dos organismos é arguido no processo em que está envolvido o presidente.

"Nem a Benfica SAD nem o Sport Lisboa e Benfica (ou qualquer entidade por si controlada) foram constituídos arguidos no âmbito desta investigação, tendo sido prestada toda a colaboração solicitada pelas autoridades relevantes", esclareceu a SAD em comunicado, sublinhando que as funções do presidente serão "asseguradas nos termos previstos na lei e nos estatutos".

A direção do Benfica fez também saber que "todos os membros da direção estão firmemente determinados a defender sem qualquer reserva, de forma coesa e como lhes compete, os interesses do clube", sustentando ainda que irá colaborar com as entidades competentes "no sentido de apurar a verdade até às últimas consequências."

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