José Mourinho foi esta quinta-feira oficialmente apresentado como o substituto de Paulo Fonseca no comando técnico da AS Roma.
Em declarações aos jornalistas numa cerimónia realizada na Praça do Capitólio, em Roma, o treinador português explicou o que mudou neste seu regresso a Itália.
"Sou melhor pessoa e melhor treinador. Se os anos não nos fazem melhores pessoas e profissionais, alguma coisa está errada. Mais maturidade, para o ADN não muda. Em muitas coisas sou quem sou, no positivo e no negativo. Mas basicamente sou o mesmo", atirou o técnico português, para falar depois se este é o desafio mais importante da sua já longa carreira.
"O próximo desafio é sempre o mais importante, portanto, sim. Em relação ao futebol italiano, a Itália está na final do Euro 2020 e só Verratti não joga na Serie A. Se calhar no estrangeiro as pessoas não olham para a Serie A como uma liga de topo. Eu, como treinador da Roma, também vou tentar contribuir para a evolução do futebol italiano", sustentou.
Mourinho abordou ainda a relação com a imprensa e admitiu que já mudou três vezes de número desde que chegou a Itália.
"Já tive de mudar de telemóvel três vezes, mas vocês descobrem-me sempre... É fantástico, é incrível para alguém que já trabalhou em Itália, que gosta de futebol e que pensa em futebol 24 horas por dia. Vocês fazem o vosso trabalho e nós fazemos o nosso. Não sou simpático a trabalhar e pode não ser um prazer para vocês (jornalistas) trabalhar comigo. Eu defendo o meu clube e respeito o vosso trabalho", sublinhou.
Questionado sobre se irá chegar, ver e vencer em Roma, Mourinho respondeu: "Chegar, trabalhar muito, semear e ter tempo para colher. São três anos de contrato, que depois será a direção a decidir o futuro. Mas fundamentalmente não podemos fugir do facto de não ganharmos há tanto tempo. Porquê? Há muito trabalho a fazer, mas todos juntos vamos querer chegar a títulos. Mas, a acontecer tudo normalmente, não vamos ganhar já."
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