José Mourinho admitiu, esta segunda-feira, ter visto com alguma estranheza as opções tomadas por Gareth Southgate para a marcação das grandes penalidades que acabaram por decidir a final do Campeonato da Europa a favor de Itália.
Na opinião do treinador português "foi duro deixar Saka como último" marcador, mas sublinhou: "Muitas vezes, o que acontece é que os jogadores que deviam estar lá não estão, fogem das responsabilidades".
"Como vejo o Gareth como um tipo tão honesto e protetor dos jogadores, não acredito que alguma vez diria que o jogador A ou B fugiram, esconderam-se ou não estavam preparados para marcar", começou por dizer, em declarações prestadas à rádio britânica talkSPORT.
"Não me perguntem quem, porque não vos vou dizer, mas disseram-me, a 100%, que um jogador que devia estar nesta equipa não estava, e uma das razões foi porque, nas meias-finais do Mundial, devia ter marcado um penálti e recusou", prosseguiu.
"Não interessa se és ou não um grande marcador. Nesta situação, onde estava Raheem Sterling? Onde estava John Stones? Onde estava Luke Shaw? Por que é que Jordan Henderson ou Kyle Walker não ficaram no relvado", completou.
Ainda assim, José Mourinho sublinhou que nada disto poderia ter feito diferença. Para tal, recordou que perdeu "uma meia-final da Liga dos Campeões da mesma maneira", quando, em 2012, o 'seu' Real Madrid foi eliminado pelo Bayern Munique.
"Decidi entrar forte no desempate por grandes penalidades para tentar pressionar o Bayern Munique, e Cristiano Ronaldo falhou, Sergio Ramos falhou e Kaka falhou. Por isso, os penáltis serão sempre penáltis", concluiu.
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