O jornal argentino La Nación publica, esta quarta-feira, uma extensa entrevista com Papu Gómez, na qual o jogador revelou que tomou a decisão de forçar a saída para o Sevilla, no mercado de transferências de inverno, porque Gian Piero Gasperini o tentou agredir.
O internacional argentino assumiu que desobedeceu a "uma indicação tática" durante a goleada imposta ao Midtjyllandma Dinamarca, por 4-0, na fase de grupos da Liga dos Campeões, o que tirou o treinador do sério.
"Faltavam dez minutos para que acabasse a primeira parte, e ele pediu-me para jogar na direita, apesar de estar a jogar muito bem na esquerda. Disse-lhe que não. Imagina responder-lhe isso em pleno jogo, hoje, com as câmaras... É normal que se chateasse", começou por dizer.
"Aí, soube imediatamente que, ao intervalo, ele me ia tirar de campo, e assim foi. Mas, no balneário, ao intervalo, ele passou-se, ultrapassou os limites e tentou agredir-me fisicamente", acrescentou o avançado, que explica que, nesse momento, disse "basta".
Papu Gómez reuniu-se, pouco depois, com o presidente da Atalanta, Antonio Percassi, assumindo que errou, ao que este lhe exigiu um pedido de desculpas a Gian Piero Gasperini. Uma exigência que o jogador cumpriu... mas que nada resolveu.
"Pedi desculpa ao treinador e aos meus companheiros por tudo o que tinha acontecido. E não recebi nenhum pedido de desculpa do treinador. Como podia perceber? O que eu fiz era errado e o que ele fez estava correto", completou Papu Gómez.
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