Em declarações prestadas na conferência de imprensa de antevisão do jogo, na Cidade do Futebol, em Oeiras, o técnico português reconheceu que o adversário desta segunda-feira "não será tão forte" como as equipas que Portugal encontrou na última fase final do Europeu, porém, não deixou de destacar algumas virtudes do opositor e o maior ritmo competitivo.
"É um adversário que acabou de fazer um bom jogo contra a Islândia, um jogo com muito ritmo e que nos poderá criar alguns problemas com a profundidade no jogo que apresenta e com jogadores rápidos. Nas bolas paradas também teremos de estar bem, senão podemos passar dissabores. Espero que possamos ter o controlo do jogo, fazer um bom jogo e passar a maior parte do tempo no meio-campo adversário", afirmou.
Questionado sobre a tática bielorrussa neste novo ciclo de sub-21, Rui Jorge destacara anteriormente o trabalho do adversário nos sistemas de 5-3-2 e 4-3-3, sem, todavia, conseguir antecipar de imediato o que vai encontrar nesta partida.
"Neste jogo com a Islândia optaram pelo 4-3-3, com dois pivôs defensivos, mas não sei se isso poderá ser uma solução. Na realidade, passaram pelos dois sistemas nos jogos particulares que fizeram antes. Creio que estamos preparados para as duas situações, mas só durante do jogo é que vamos perceber como se vão apresentar e quão bem nos conseguimos sair", frisou.
Na retrospetiva de uma semana de trabalho, o selecionador de sub-21 assumiu que aproveitou para conhecer os jogadores "de uma forma mais próxima" e apontou como indicadores positivos a "vontade, a forma humilde como trabalharam durante este período e a forma como se relacionaram entre eles para um bem comum", enfatizando, pessoalmente, a importância deste último aspeto além dos méritos futebolísticos.
"Depois, a qualidade técnica deles é, de facto, muito boa, temos um grupo muito bom de jogadores. Agora resta demonstrá-lo, não basta dizer que temos qualidade. Acredito que estão preparados para o fazer e que vamos ter um bom desempenho", observou, notando que a interiorização dos princípios da seleção de sub-21 começa logo na escolha dos convocados.
No treino realizado após a antevisão do jogo, o selecionador nacional de sub-21 voltou a contar com o grupo em pleno, com os 24 jogadores a trabalharem sem limitações.
"Quando trago jogadores para quem a bola não tem o mínimo segredo e que conseguem pensar o jogo, tudo se torna mais fácil. Acredito que poderemos seguir na senda do que temos vindo a fazer, apresentar a qualidade que temos apresentado, porque é a nossa forma de trabalhar, e que os jogadores que temos à disposição têm essa capacidade", concluiu.
Portugal defronta na segunda-feira a Bielorrússia, às 19:00, no Estádio José Gomes, na Amadora, no jogo de estreia no grupo 4 de acesso ao Europeu de 2023, a disputar na Geórgia e na Roménia, e que terá a arbitragem do austríaco Christian-Petru Ciochirca.