O vimaranense, número 140 no 'ranking' ATP, jogou a fase de qualificação e acabou por perder na última ronda frente ao moldavo Radu Albot (123.º ATP), em dois 'sets', por duplo 6-4, mas foi repescado como 'lucky loser', voltando a aceder ao quadro principal depois de, em 2021, ter falhado devido a um teste positivo ao coronavírus, em vésperas de viajar para os Antípodas.
"Apesar do desaire da última ronda, estou muito contente por poder disputar mais uma vez um quadro principal de um torneio do Grand Slam, algo que, no ano passado, me tinha sido negado por ter testado positivo à covid-19. Já tinha saudades de jogar neste torneio e jogar o quadro principal é sempre muito especial. Estou muito feliz pela notícia", afirmou o jogador, de 32 anos.
Além de reconhecer não ter feito ante Albot "um encontro muito bem conseguido, sem tirar mérito ao adversário", e ter ficado "um bocadinho aquém das expectativas", o número um português está decidido a preparar-se da melhor forma para o "encontro difícil" com o italiano Yannik Sinner, número 11 mundial, na jornada inaugural.
"Na primeira ronda vou ter um adversário muito difícil, mas, como é óbvio, não há encontros fáceis num Grand Slam e, portanto, vai ser um encontro em que vou ter de jogar ao mais alto nível para ter opções de vencer. Espero poder fazê-lo. Vou prepará-lo o melhor possível nos próximos dois dias, só jogo na terça-feira, para poder continuar no torneio", rematou o minhoto.
João Sousa vai marcar presença pela nona vez na carreira no quadro principal em Melbourne Park, onde em 2015 e 2018 alcançou o melhor resultado, ao atingir a terceira ronda, sendo travado pelo escocês Andy Murray.
O tenista vimaranense será o único representante nacional em prova, depois da desistência de Nuno Borges, com teste positivo ao coronavírus, e das derrotas de João Domingues, Frederico Silva e Gastão Elias na fase de qualificação.