"Nenhuma competição internacional será disputada no território da Rússia, devendo as partidas 'em casa' ser jogadas em território neutro e sem espetadores", refere a FIFA em comunicado, no qual lamenta e condena a ofensiva militar russa ao território da Ucrânia.
O organismo que tutela o futebol mundial garante que as sanções impostas à Rússia, que passam também pela proibição do uso de bandeira e hino do país, foram tomadas por unanimidade pelos presidentes das seis confederações.
A FIFA indica ainda que todas as seleções devem competir sob a designação da União de Futebol da Rússia (RFU) e não do país, e admite a tomada de mais medidas, entre as quais a de exclusão.
"Continuaremos o nosso diálogo com o Comité Olímpico Internacional (COI), UEFA e outros organismos internacionais para analisar a tomada de medidas adicionais, incluindo uma possível exclusão das competições, que serão aplicadas num futuro próximo, caso a situação não melhore", refere o comunicado.
A FIFA indica já ter dialogado com a federação da Polónia, adversária da Rússia no 'play-off' de qualificação para o Mundial2022, e com as suas associações da República Checa e Suécia, possíveis adversárias na fase a eliminar, referindo ter "tomado nota das preocupações manifestadas".
A Rússia deveria enfrentar em Moscovo a Polónia numa das meias-finais, com o vencedor desse encontro a receber na final do 'play-off' para o Mundial a seleção vencedora do jogo entre Suécia e República Checa, em embate que poderia ser novamente em território russo.
O jogo entre Rússia e Polónia está agendado para 24 de março e a final desse 'play-off', com o vencedor da Suécia-República Checa, em 29 do mesmo mês.
A FIFA manifesta "a sua mais profunda solidariedade com todos os que estão a ser afetados pelo conflito na Ucrânia", e apela ao "início urgente do diálogo e à restauração da paz".
As sanções da FIFA surgem dias depois de o COI ter pedido a todas as federações desportivas internacionais que cancelem ou mudem de local quaisquer competições planeadas para solo russo ou bielorrusso, e da UEFA ter transferido para Paris a final da Liga dos Campeões, prevista para São Petersburgo.
A Rússia lançou na quinta-feira uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já provocaram cerca de 200 mortos, incluindo civis, e mais de 1.100 feridos, em território ucraniano, segundo Kiev. A ONU deu conta de perto de 370 mil deslocados para a Polónia, Hungria, Moldávia e Roménia.
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