Trocas e mais trocas. Nélson Veríssimo rendeu Jorge Jesus, no Benfica, na reta final de 2021 e resolveu impor um 4-4-2, mas o quarteto defensivo tem sido alvo de várias alterações. As duplas de centrais não têm sido exceção e os números mostram que a experiência no eixo central raramente tem ditado os melhores cenários.
Nos doze jogos do técnico de 44 anos ao leme das águias, o Benfica concedeu quinze golos, o que supera a média de um tento sofrido por jogo. Desde os castigos às infeções por Covid-19, o eixo da linha defensiva foi sendo alvo de alterações, de tal forma que os três centrais já convergiram em duplas distintas por mais que uma vez.
A tendência de Veríssimo tem passado por encontrar uma solução estável entre os mais experientes (Nicolás Otamendi e Jan Vertonghen), mas os números desmentem essa perceção e mostram que a inclusão de Morato no lugar de um desses jogadores traduziu-se, em média, em menos golos sofridos, nomeadamente quando fez dupla com o argentino.
Dupla de centrais com Nélson Veríssimo | Jogos | Golos sofridos | Média de golos sofridos | Clean sheets |
Otamendi e Vertonghen | 6 | 8 | 1,33 | 1 |
Morato e Vertonghen | 4 | 6 | 1,5 | 1 |
Morato e Otamendi | 2 | 1 | 0,5 | 1 |
Morato foi lançado para o 'onze' em metade dos jogos de Veríssimo e concedeu um total de sete golos, mas foi protagonista do mesmo número total de clean sheets (2) dos colegas de posição em menos jogos. Além disso, com Otamendi ao seu lado, sofreu apenas um golo em dois jogos e detêm a média mais baixa.
Com a companhia do belga, Morato sofreu seis em quatro ocasiões, embora metade desse número tenha acontecido no clássico com o FC Porto (3-1), naquele que também foi o primeiro jogo do atual técnico encarnado, com várias ideias ainda por assimilar.
Já a dupla mais experiente, composta pelos defesas de 34 anos, atuou em simultâneo em seis jogos e sofreu oito golos, sendo estes números que crescem individualmente ao atuarem separados, nomeadamente no caso do belga que, em 10 dos 12 jogos, concedeu 14 dos 15 golos na era Veríssimo.
A conclusão desde a mudança no comando técnico, em dezembro do ano passado, parece simples. A dupla Vertonghen-Otamendi não tem correspondido às expectativas e, dessa forma, percebe-se que Morato tenha conseguido dar maior estabilidade à linha defensiva encarnada, principalmente quando acompanhado por Otamendi.
Leia Também: Gilberto 'endiabrado' ameaça recuperar definitivamente lugar de Lázaro