Ronald Koeman concedeu uma extensa entrevista à edição desta quinta-feira do jornal neerlandês Algemeen Dagblad, na qual quebrou o silêncio relativamente à 'conturbada' saída do comando técnico do Barcelona, no passado mês de outubro.
O treinador diz não lhe ter sido dado "o tempo que foi dado a Xavi, o novo treinador", e não escondeu a mágoa relativamente à forma como foi tratado pelo presidente blaugrana, Joan Laporta: "Vocês não me vão voltar a ver em Camp Nou durante algum tempo. Ainda não o posso fazer. Não com este presidente. Não posso fazer de conta que nada aconteceu".
"O clube insistiu para que eu aceitasse a saída de alguns jogadores, de forma a colocarem as finanças em ordem. Mas, quando vês que contrataram alguém por 55 milhões de euros [Ferran Torres] pouco tempo depois de terem deixado Lionel Messi sair...", atirou.
"Isso deixa-te a pensar se não havia algo mais a acontecer. Por que é que Messi teve de sair (...). Ouça, eu não era, simplesmente, o treinador de Laporta, ponto final. Tive esse sentimento desde o momento em que o conheci, após ele ganhar as eleições", prosseguiu.
"Não houve aquele 'click'. O apoio necessário vindo de cima faltou (...). Para mim, o problema nunca foi o dinheiro. Eu queria muito ter sucesso enquanto treinador, no Barcelona, e fiz tudo o que pude", completou o ex-Benfica.
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