Andriy Shevchenko concedeu uma extensa entrevista à edição desta segunda-feira do jornal britânico Daily Mail, na qual voltou a alertar para a importância de travar os avanços das forças militares russas na Ucrânia o mais rapidamente possível.
O ex-internacional ucraniano, que representou clubes como Chelsea, AC Milan ou Dínamo Kyiv, defendeu que "a única maneira de travar a guerra é dizer a verdade", e sublinhou que, neste momento, "a maior parte das pessoas que estão na Rússia não sabem qual é a verdade".
"Temos de colocar pressão. O presidente russo - não quero dizer o nome daquela coisa - disse que isto é uma 'operação especial'. Não é uma operação especial. É o assassínio de inocentes. É o cercar de pessoas. É o bombardeamento de cidades", lamentou.
"Sentes cada bomba que toca no chão, as casas tremem. A guerra é isto. Estamos no ponto em que os russos cercam as cidades e limitam-se a bombardear. Eles não param. É implacável. Não dão aos ucranianos oportunidade de terem corredores humanitários", prosseguiu.
"A minha mãe está lá. A minha irmã está lá. O meu tio. A minha tia. Os meus amigos, alguns na linha da frente. Eles lutam pelo nosso país, pela nossa liberdade, pela nossa escolha, pelo nosso orgulho. Nós defendemo-nos. Nós lutamos. Tem de ser. Não temos opção", completou.
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