"Quando aquela gente na sede da FIFA se senta e olha pela janela para o lago Leman (Suíça), provavelmente vê uma realidade alternativa. Se calhar, deviam visitar Mariupol e Kharkiv para levarem este assunto a sério", disse, em entrevista à Freedom.
Para Palkin, manter a Rússia no organismo máximo do futebol internacional, "quando todo o mundo está contra, é estranho e não cabe na cabeça de ninguém".
O dirigente do Shakhtar lembrou que as federações de futebol do Paquistão, Zimbabué e Quénia continuam suspensas e "estão a fazer muito menos mal do que a Rússia".
A Rússia lançou, em 24 de fevereiro, uma ofensiva militar na Ucrânia, que já matou pelo menos 1.232 civis, incluindo 112 crianças, e feriu 1.935, entre os quais 149 crianças, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.
A guerra provocou também a fuga de mais de 10 milhões de pessoas, incluindo mais de 4 milhões de refugiados em países vizinhos e quase 6,5 milhões de deslocados internos.
A ONU estima que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.