A suspensão das medidas, decisão passível de recurso, teve como fundamento a premissa de que, mesmo que os clubes sejam punidos, isso não os impediria de seguir em frente com o plano de criar uma competição fora da égide da UEFA.
Dos 12 clubes originais que queriam criar a Superliga Europeia, apenas Real Madrid e FC Barcelona, de Espanha, e Juventus, de Itália, ainda apoiam abertamente o controverso projeto.
"Não ficou de forma alguma demonstrado que a ameaça de sanções aos três clubes levaria à impossibilidade de realizar o projeto", defende a juíza Sofía Gil na sua decisão.
Sofia Gil rejeitou as preocupações apresentadas pelos clubes de que a punição dos órgãos dirigentes do futebol arruinaria as suas hipóteses de atrair financiamento para a Superliga.
Em abril, um outro juiz espanhol ordenou que a FIFA e a UEFA "se abstenham de tomar qualquer medida ou ação, ou de emitir qualquer declaração, que impeça ou dificulte, direta ou indiretamente, a preparação da Superliga Europeia".
Essa decisão ocorreu paralelamente a ameaças de que as equipas da Superliga seriam proibidas de jogar na Liga dos Campeões.