O mercado de transferências deste verão tem sido bastante agitado para os três grandes de Portugal, mas não deve ficar por aqui. FC Porto, Sporting e Benfica reforçaram-se, venderam, mas ainda mexem no mercado em busca de soluções para os seus 'excedentários'.
Neste verão, a tarefa complicou-se. Decidiu a FIFA limitar os clubes a oito empréstimos de jogadores acima dos 21 anos. Com esta nova regra, é necessária uma maior gestão do plantel.
Os três grandes já se 'livraram' de algumas caras que não faziam parte das contas para a nova época. Tendo em conta esta regra recente, quem são os jogadores que ainda procuram solução no mercado e de que forma os clubes poderão resolver a situação?
FC Porto: O mais tranquilo dos três
A falta de recursos financeiros e, por consequência, os plantéis reduzidos, levam os dragões a uma situação de conforto no mercado. Vários jogadores, entre eles Mbemba, Vitinha, Fábio Vieira, Sérgio Oliveira e Francisco Conceição, deixaram o clube em definitivo.
Por outro lado, Nanu, Carraça e Diogo Leite são os únicos emprestados pelo FC Porto até ao momento. Na lista de dispensas, segundo o que Sérgio Conceição mostrou na pré-época, estão Loum, Romário Baró, Fernando Andrade, Nakajima e João Pedro, havendo ainda a dúvida em torno da continuidade de Marchesín.
Tendo em conta que, em oito, o FC Porto só esgotou três empréstimos, sobram cinco vagas. Essas poderão ser ocupadas pelos primeiros cinco nomes mencionados, tendo em vista maior tempo de jogo para, quem sabe, poderem integrar de vez a equipa dos dragões na época 2023/24.
Nakajima é o caso mais bicudo. Metade do passe do japonês custou 12 milhões em 2019© Global Imagens
Sporting: Demasiados dispensáveis com vagas por ocupar
Num mercado em que Rúben Amorim mediu as contratações tendo em conta a proporção de saídas, os leões acabaram por não se 'livrarem' de todos os excedentários que já vinham do último verão.
Renan Ribeiro, Gonzalo Plata, Ilori, Luiz Phellype, Rafael Camacho, Pedro Marques, Joelson Fernandes, Bruno Paz e Sporar, este mais recente, são, dentro da lista de dispensáveis, as saídas registadas. Entre estes, quatro saíram por empréstimo, tendo Gonçalo Esteves, Rúben Vinagre e Tiago Tomás ocupado outras três vagas.
Contas feitas, o Sporting tem nove emprestados, quatro deles a ocuparem as vagas para jogadores com mais de 21 anos. Tendo em conta que ainda falta colocar Jovane Cabral, Geny Catamo, Anthony Walker, Eduardo Henrique, Doumbia, Eduardo Quaresma, Rodrigo Battaglia e Filipe Chaby - os dois últimos prestes a rescindir, segundo a imprensa nacional -, prevê-se que os empréstimos sejam usados de forma estratégica nos mais jovens. Os restantes casos ainda não têm solução à vista, estando o Sporting confiante que pelo menos metade do valor gasto nas contratações destes jogadores poderá ser revertido ainda neste mercado.
Eduardo Quaresma tem contrato com o Sporting até 2026© Getty Images
Benfica: Espaço para emprestar, mas vale a pena?
Na Luz, o cenário não é muito diferente. O Benfica reforçou-se neste mercado com contratações cirurgicas, mas ficou com um plantel demasiado extenso. Recorde-se que Roger Schmidt começou a pré-época com 38 jogadores.
Tiago Gouveia, Tomás Araújo, Ferro, Rafael Brito, Sandro Cruz, Carlos Vinícius, João Ferreira e Seferovic correspondem a oito empréstimos. Contudo, destes, apenas três têm mais de 21 anos, sobrando cinco vagas.
Schmidt riscou André Almeida, Adel Taarabt e Gabriel, estando Pizzi, Ebuehi e Gedson Fernandes já resolvidos. Pairam ainda dúvidas sobre Meité, Chiquinho e Rodrigo Pinho, integrados na equipa, mas com hipótese de saírem. As vagas ainda são suficiente, mas será que compensa aos encarnados emprestar estes jogadores? A solução à vista é a rescisão de contrato, o que resultaria num tremendo alívio da folha salarial dos encarnados.
André Almeida e Taarabt integraram plantel de 2021/22. Não contam mais no Benfica© Getty Images
Leia Também: Sporar despede-se do Sporting: "Jamais poderia imaginar..."