A mãe do jovem adepto a quem Cristiano Ronaldo terá atirado o telemóvel ao chão após a derrota do Manchester United na visita ao Everton, no passado mês de abril, concedeu, esta terça-feira, uma entrevista ao jornal britânico Mirror, na qual revelou ter sido contactada pelo jogador.
Sarah Kelly disse ter-se sentido "intimidada e furiosa" pelo facto de o internacional português ter conseguido o seu número pessoal, e atirou: "Tenho medo de sair de casa, olho sempre por cima do ombro. Fizeram de nós os criminosos e de Ronaldo a vítima inocente. Tem sido um pesadelo".
"Ele perguntou-me se gostava de ir ter com ele e conhecer a família dele. Disse-me 'Não sou um mau pai'. Eu disse-lhe 'Nunca disse que era um mau pai'. Ele disse 'Tive uma infância terrível. Perdi o meu pai'. Eu disse-lhe 'Toda a gente tem uma história triste, Ronaldo. Eu perdi o meu pai quando era jovem e tive cancro'", começou por afirmar.
"Ele disse 'Peço desculpa', mas, depois, acrescentou 'Não fiz nada de errado'. Disse que não tinha 'pontapeado, matado ou esmurrado ninguém'. Isso fez-me perder as estribeiras. Estava furiosa e com o coração aos saltos, e disse-lhe 'Então, esbofetear a mão do meu filho e fazer-lhe uma nódoa negra não é magoar ninguém?'", prosseguiu.
"Ele disse que não queria que o caso chegasse à comunicação social e aos tribunais. Disse que tinha uma boa equipa de advogados, que iria vencer e que iria lutar até ao fim. Disse que sabia como jogar com a comunicação social. Perguntou-me o que queria dele, e disse-lhe 'Não quero nada de si, a polícia está a lidar com isso'", rematou.
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