O Sporting venceu de forma convincente o Portimonense neste sábado por 4-0. Os leões voltaram aos triunfos em casa, dando uma resposta séria aos rivais, que sorriram com o desliza dos verdes e brancos frente ao Desp. Chaves nesse mesmo palco.
A exibição do Sporting fez-se valor pela criatividade, pela irreverência e, sobretudo, pela confiança que a equipa já sente nesta temporada. A vitória na Alemanha, única na história dos leões, marcou o ponto de viragem de uma equipa que arriscou muito com um arranque de temporada a meio gás.
Há novos protagonistas a ascenderem em Alvalade. Trincão merece a menção, tal como Pedro Gonçalves, que continua a dar cartas, Edwards, que já se soltou em campo, e Morita, que parece ser o novo motor da equipa, apesar de não dar muito nas vistas.
Do lado do Portimonense, que quis mais da partida, mas que não conseguiu sequer um remate à baliza de Adán, ficaram várias notas negativas por dar. A exibição dos algarvios ficou, tal como Paulo Sérgio reconheceu, aquém do que se espera de uma equipa que estava no quarto lugar com quatro triunfos na prova.
Sinal mais para a equipa de Rúben Amorim que, depois desta vitória, leva maior estofo para defrontar o Tottenham na Liga dos Campeões.
Dito isto, vamos às notas.
A figura
Inevitavelmente, Francisco Trincão leva o prémio para casa. Com dois golos importantes neste jogo, o primeiro 'bis' no espaço de um ano, acabou por ser a figura do lado do Sporting. Com um novo astral, o avançado, que demorava a carborar, leva três golos em dois jogos e promete fazer mais e melhor daqui para a frente.
🇵🇹 Sporting 🆚 Portimonense
— GoalPoint (@_Goalpoint) September 10, 2022
Francisco Trincão 🇵🇹 arrumou o jogo na primeira parte com um bis ⭐️#LigaBwin #LigaPortugalBwin #SCPPSC #RatersGonnaRate pic.twitter.com/dxkdpAOZNN
A surpresa
Foi surpresa no onze e foi surpresa pela exibição que conseguiu fazer. Depois de várias vezes identificado como o elo mais fraco do plantel do Sporting, Ricardo Esgaio entrou na equipa de Amorim para este jogo, por opção, e deu uma resposta positiva. Esteve acertivo no seu lado direito, não deu espaço aos adversários, subiu na ala de forma cuidada, não tirando protagonismo aos colegas da frente, e só falhou um passe já no final da partida. Exibição de qualidade que deu para calar alguns críticos, mas que precisa de ter continuidade.
A desilusão
A pouca preponderância ofensiva do Portimonense deveu-se à pouca presença dos homens da frente. Entre eles, destaque pela negativa para Welinton Júnior. O brasileiro era o homem mais adiantado dos algarvios e deu muito pouco ao jogo. Jogou os 90 minutos talvez por falta de qualidade nas alternativas, mas, para um jogador que já marcou duas vezes nesta Liga, era esperada maior perigosidade e ameaça à baliza de Adán.
Os treinadores
Rúben Amorim
Tem um plantel apertado, mas consegue tirar o maior rendimento dele. Teve dificuldades no arranque, que se revelou exigente com jogos em casa de Sp. Braga e FC Porto, mas tem uma equipa mais capaz neste momento. A maturidade que Rúben Amorim acreditava que a equipa iria ter agora começa a notar-se, apesar de poder melhorar certos aspetos. Espera-se uma exibição da mesma categoria já na terça-feira, novamente em casa, frente ao Tottenham.
Paulo Sérgio
Tinha uma equipa não em sobre-redimento, mas sim a render muito. O Portimonense era quarto colocado até este jogo, provando que a partida não iria ser fácil de todo para o Sporting. A partir do momento em que a equipa alvinegra não consegue um único remate à baliza de Adán, há que ligar o alarme. Depois do primeiro golo dos leões, a equipa de Portimão esforçou-se e pressionou o adversário brutamente. Contudo, a falta de cuidado nas zonas mais recuadas, que ficaram pouco povoadas com todos esses ataques, levaram a outro golo do Sporting. Foi nesse momento que o Portimonense 'morreu' na partida. Paulo Sérgio tem uma grande base de trabalho, mas a sua equipa precisa de entrar mais no jogo e não desaparecer quando ainda tem hipóteses de recuperar no marcador.
O árbitro
A facilidade com que se expulsa um elemento dos bancos nesta temporada devia ser tema de conversa no seio do futebol. Foi o que se viu nesta partida quando Carlos Fernandes, adjunto de Rúben Amorim, foi expulso por protestar uma decisão, algo tão comum no futebol, mas que hoje dá direiro a um vermelho direto. Dentro das quatro linhas, os cartões amarelos mostrados na primeira parte de forma escusada acabaram por causar um tumulto entres vários jogadores. Cláudio Pereira perdeu o controlo da partida de forma perfeitamente evitável.