Chave para dar a volta ao Boavista: Foi preciso competir. Um adversário com um registo caseiro assinalável, com apenas uma derrota contra aquele que é o líder do nosso campeonato, por muitos considerado uma das melhores equipas da Europa, o que, por si só, diz muito da força do Boavista a jogar em casa. Sabíamos que íamos encontrar um adversário muito estacionado atrás, a pôr constantemente as garras de fora para ter ferir-nos sempre que possível. A equipa foi séria, é importante igualar algumas métricas com o adversário, principalmente no jogo sem bola, e, depois, perceber os caminhos a percorrer sem precipitar as ligações por dentro. O Boavista tentou concentrar ao máximo a linha defensiva com a linha média, estragou o nosso jogo interior. Os primeiros 10 minutos são deliciosos, a equipa teve uma entrada brutal em campo e podia ter dado um sinal muito forte com três ou quatro golos, não era um escândalo. A equipa faz o golo, vai para o intervalo a ganhar, o desafio foi o mesmo que tivemos nos Açores, de fazer a equipa lançar-se numa segunda parte muito séria, trabalhadora, honesta, profissional. É verdade que o Boavista esteve um pouco por cima no início da segunda parte, depois fizemos o 2-0 numa bola parada, tivemos sorte que eles mandaram uma bola ao poste que podia ter reduzido o marcador para 2-1 e abrir novamente o jogo, mas a parte final é uma demostração da nossa força, a forma como conseguimos ferir o adversário com espaço. Temos gente como se comporta como setas autênticas a atacar a baliza adversária e foi isso que fizemos. Concluímos o jogo de forma muito adulta, muito madura.
Não dar espaço para o Boavista ganhar confiança: Era um desafio, lançámos o desafio de manter a baliza a zeros. A equipa foi muito adulta, percebemos que só o talento não ia bastar num campo em que o adversário faz da agressividade e da intensidade uma arma muito forte. Esse era um dos nós que tínhamos para desatar ao longo do jogo e fizémo-lo muito bem. Não me recordo de uma oportundiade clara de golo do adversário e esse é o principal mérito. Os jogadores inundaram o campo de suor e, quando assim é, associando o talento à capacidade de gerar trabalho, entre todos como equipa, que é o nosso alicerce, a equipa está mais pronta para ganhar o jogo.
Pepe de regresso: Não precisávamos de mostrar a ninguém que ele está pronto. Ele é profissional, trabalhou muito nestas semanas para o jogo do Bessa, era um sonho dele estar em mais um Mundial, é um jogador muito experimentado, um pilar do nosso balneário. Entendemos que seria merecido ter alguns minutos antes de ir ao Mundial. Aproveito para desejar boa sorte a todos os que vão competir no Mundial, jogadores com vivências únicas que trazem no bolso para contar mais tarde, que voltem sem lesões e que venham bem.
Trabalho na pausa para o Mundial: A paragem é o que é. Depois da pausa merecida dos jogadores, vamos iniciar uma competição que o clube nunca venceu, queremos mais um troféu para o nosso museu e obviamente que teremos de ser muito sérios a partir do momento em que vamos atacar esta competição. Os jogadores sabem, já falámos no balneário, queremos dar uma resposta forte. O imporatnte nesta fase é encher a barra de energia, vamos entrar fortes, determinados e a perceber que é um troféu que queremos muito adicionar ao nosso museu.
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