A polémica em relação à campanha de apoio à comunidade LGBTQI+ tem causado grande polémica no Mundial'2022. Depois de prometido por vários capitães o uso de uma braçadeira com um coração colorido com as cores do arco-íris e ainda a mensagem "One Love", todos recuaram na decisão por medo de serem sancionados pela FIFA.
Na segunda-feira, em análise ao sucedido nos jogos de Inglaterra e de País de Gales, Roy Keane admitiu que está contra a decisão da FIFA de abolir a braçadeira personalizada. Contudo, o antigo jogador também se mostrou desagradado com a atitude pouco assertiva dos capitães, principalmente Harry Kane e Gareth Bale, mostrando o seu ponto de vista.
"Acho que os jogadores deviam tê-lo feito no primeiro jogo. Obviamente que estariam a arriscar receber um cartão amarelo, como o caso do Harry Kane. Contudo, teria sido uma grande tomada de posição", começou por dizer na antena da ITV Sport.
"Faziam isso no primeiro jogo, viam o cartão amarelo e teria sido uma grande mensagem passada pelo Kane, pelo Bale... Façam a vossa parte e sigam em frente. Claro que não a usaram porque não querem ser suspensos. Acho que foi um grande erro, os dois jogadores [Kane e Bale] devia segurar as armas e fazê-lo, independentemente de haver, ou não, pressão de fora. Se é a crença deles, que sigam com ela", acrescentou.
Já nesta quarta-feira, Roy Keane afirmou que o Mundial'2022 nem devia ser disputado no Qatar, colocando em cima da mesa uma panóplia de lutas sociais que não estão a ser respeitadas no país.
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